PDT abrirá processo contra deputados que votaram pela reforma; Frota convida Tabata para o PSL

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2019 15h03
Reprodução/Twitter A deputada Tabata Amaral, alvo de polêmicas por ter sido uma das parlamentares ameaçada de expulsão, já está sendo cotada para outros partidos

O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira (11) que será aberto um processo na Comissão de Ética na próxima semana contra os deputados federais que votaram a favor da reforma da Previdência o que, segundo ele, “é contra a Convenção Nacional e contra o povo brasileiro”. “Tomaremos as medidas cirúrgicas contra aqueles que não respeitaram o PDT e a sua história”, escreveu no Twitter.

Em reunião nesta terça-feira (9) com a bancada do PDT na Câmara, o presidente disse que quem apoiasse as mudanças nas regras de aposentadoria propostas pelo governo de Jair Bolsonaro seria punido com o desligamento.

A deputada Tabata Amaral, alvo de polêmicas por ter sido uma das parlamentares ameaçada de expulsão, já está sendo cotada para outros partidos. O deputado federal Alexandre Frota publicou, em sua página no Twitter, que o “PSL está de braços abertos” para ela.

Tabata também já teve convite informal de outras legendas, entre elas o Cidadania por causa de afinidades entre as convicções dela e o partido, segundo deputados da legenda. Ela foi sondada pelo deputado Marcelo Calero (RJ) e pelo presidente nacional do partido, Roberto Freire, ambos ex-ministros da Cultura, e pelo presidente do diretório em São Paulo, deputado Arnaldo Jardim (SP).

“Tabata Amaral merece nossos parabéns essa semana: mesmo sob ameaça de expulsão de seu partido, o PDT, ela votará pela reforma da Previdência”, publicou o MBL antes da votação. “Tabata será um quadro importante da esquerda se não compactuar com a velha turma que trabalha no quanto pior, melhor”. Nesta quinta-feira (11), com a proposta da reforma já aprovada, o perfil do MBL no Twitter publicou: ” E aí o PDT já expulsou a Tabata?”

Na tarde desta quarta-feira (10), Tabata postou um vídeo em sua página no Twitter explicando porque é a favor do projeto. “Meu voto pela reforma é um voto de consciência, não é vendido, não é por dinheiro de emendas. Segue as minhas convicções e tudo o que eu estudei até aqui. Olho pelo futuro do país”, disse.

Em seu site oficial, a deputada compartilhou um extenso texto explicando as razões para sua decisão, dentre elas o fato de que a Previdência perpetua desigualdades e privilégios. Ela justificou que o Movimento Acredito, do qual faz parte, preferiu “analisar ponto a ponto a reforma proposta pelo governo” e não “ser oposição apenas pela oposição”.

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