Petrobras vai ser comparável às maiores companhias globais, diz Castello Branco

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2019 18h40
Allan Carvalho/Estadão Conteúdo Roberto Castello Branco em evento da Petrobras Castello Branco já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale

O novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse nesta quinta-feira (3) que a estatal vai passar por uma grande transformação para se tornar “comparável às maiores companhias globais”. Ele ainda afirmou que a petrolífera vai continuar praticando o preço de combustíveis em paridade com o mercado internacional.

“É hora de promover uma mudança transformacional para benefício dos acionistas, cujo controlador é o povo brasileiro”, falou. Ele foi diretor da mineradora vale. “O Rio de Janeiro [sede da Petrobras] poderá ser uma nova Houston [‘capital do petróleo’ norte-americano].” Castello Branco substitui no cargo Ivan Monteiro.

O chefe da estatal se comprometeu a acelerar a produção de petróleo para o Brasil poder ter tempo de explorar a totalidade das suas riquezas em um momento em que a eletrificação e as energias renováveis tomam conta do mundo. Segundo o executivo, isso poderá ser feito a partir de diversas parcerias que serão “muito bem vindas”.

“Nossa visão estratégica é simples: gestão do portfólio, redução do custo do capital, meritocracia, segurança e proteção ao meio ambiente”, estacou. No discurso, o presidente da Petrobras ainda aproveitou para dizer que a eleição de Jair Bolsonaro para o Executivo “é um marco histórico para colocar o Brasil no caminho da prosperidade”.

‘A solidão na indústria nos incomoda’

Roberto Castello Branco reafirmou na posse que a Petrobras vai continuar praticando o preço de combustíveis em paridade co o mercado internacional e se é preciso dar um “sonoro não para os subsídios”. Ele pretende reduzir o monopólio da estatal. “A solidão na indústria do refino nos incomoda, gostaríamos de ter outros ‘players’ competindo.”

Segundo o executivo, a redução do custo do capital será prioridade da empresa e, principalmente diante do atual recuo do preço do petróleo no País, será preciso reduzir custos na companhia, mas não deu detalhes sobre o tema. O desinvestimento de ativos terá prosseguimento e a nova gestão será “uma perseguidora implacável de desperdícios”.

Novo presidente

Economista com pós-doutorado na Universidade de Chicago, Castello Branco foi diretor de um centro de estudos da Fundação Getúlio Vargas. Já ocupou cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale, fez parte do Conselho de Administração da Petrobras e desenvolveu projetos de pesquisa na área de petróleo e gás.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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