PF apura irregularidades de R$ 5,7 milhões em universidade no Paraná

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2018 10h30 - Atualizado em 13/03/2018 10h30
Divulgação A própria Polícia Federal ressaltou em seu comunicado oficial que a UTFPR, após receber a denúncia, "imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo"

A Polícia Federal deflagrou a Operação 14 Bis nesta terça-feira (13) para investigar a fraude de licitações e contratos com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Cornélio Procópio (UTFPR-CP).

Segundo as investigações, há indícios de irregularidades de cerca de R$ 5,7 milhões. A Operação 14 Bis envolve também o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal.

Cerca de 90 policiais federais e servidores da CGU e da Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, além de sequestro e indisponibilidade de bens. A ação ocorre nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá, todas no Paraná.

Contratos celebrados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, manutenção de ar-condicionado, manutenção de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia teriam sido alvos de irregularidades.

Entre as suspeitas, estão as de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros.

Resposta “imediata” da universidade

A própria Polícia Federal ressaltou em seu comunicado oficial que a UTFPR, após receber a denúncia, “imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo”, como a realização de auditorias conduzidas por sua unidade de auditoria interna, além da demissão, mediante processos administrativos disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais futuras.

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal em Londrina, onde permanecerão à disposição da Justiça.

O nome da operação é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.

 

 

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