PF deflagra ação contra grupo que vazava informações de operações em SC

Agentes cumprem 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4)

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2019 13h20
Agência Brasil PF A PF identificou que a organização criminosa teria formado uma rede de políticos, empresários e servidores da própria corporação e também da PRF lotados em órgão de inteligência e investigação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (18) a Operação Chabu contra uma organização que vazava informações policiais em Santa Catarina. Agentes cumprem 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão e sete de prisão temporária, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O grupo contava com uma rede de políticos, empresários e agentes da PF e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além de vazar informações, a organização contrabandeava equipamentos de contra inteligência.

Os crimes foram descobertos a partir da análise dos materiais apreendidos durante a Operação Eclipse, deflagrada em agosto de 2018. A PF identificou que a organização criminosa teria formado uma rede de políticos, empresários e servidores da própria corporação e também da PRF lotados em órgão de inteligência e investigação.

Segundo a PF, o grupo “embaraçava investigações policiais em curso e protegia o núcleo político em troca de vantagens financeiras e políticas”.

A investigação apurou ainda que a quadrilha vazava sistematicamente informações sobre operações policiais que ainda seriam deflagradas e também contrabandeava equipamentos de contra inteligência para montar “salas seguras”, à prova de monitoramento, em órgãos públicos e empresas.

A PF investiga associação criminosa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa e tentativa de interferir em investigação penal que envolva organização criminosa.

A Polícia Federal ressaltou que o nome da operação, “Chabu”, significa “dar problema, dar errado, falha no sistema”. “O termo é utilizado em festas juninas quando falham fogos de artifício e era empregado por alguns dos investigados para avisar da existência de operações policiais que viriam a acontecer”, destacou a PF.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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