PGR emite parecer contrário à soltura do deputado Edson Albertassi

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 11h54
Fernando Frazão/Agência Brasil A defesa de Albertassi havia solicitado a soltura do deputado e afirmado que, “ao contrário dos demais parlamentares presos”, ele foi citado apenas na delação de um dos colaboradores

A Procuradoria-Geral da República emitiu parecer ao Supremo Tribunal Federal contra a soltura de Edson Albertassi, deputado do MDB denunciado na Operação Cadeia Velha, no Rio de Janeiro. O pedido de liberdade do emedebista aguarda julgamento no Supremo.

O G1 obteve um documento com o parecer datado do último dia 14.

Em um desdobramento do caso, no dia 15, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região aceitou a denúncia contra Albertassi, Jorge Picciani e Paulo Melo. Os três tornaram-se, portanto, réus no desdobramento da Lava Jato.

A defesa de Albertassi havia solicitado a soltura do deputado e afirmado que, “ao contrário dos demais parlamentares presos”, ele foi citado apenas na delação de um dos colaboradores. Alegou ainda que a prisão ocorreu por conta da indicação feita por Albertassi ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

A PGR, por sua vez, rebate e afirma que Albertassi é citado em cinco delações e fala em “existência de graves indícios da existência dos crimes investigados”.

Réus na Cadeia Velha

Os três, segundo investigação do MPF, teriam recebido propinas de empresas em troca de vantagens, incentivos e benefícios. Até aprovavam leis na Alerj em prol das empresas.

Os desembargadores da Primeira Seção Especializada do Tribunal Regional da Segunda Região decidiram acatar a denúncia contra o trio do MDB e decidiram manter as prisões preventivas. Eles estão detidos desde novembro de 2017 em Benfica.

Mas Picciani pode ter um salvo-conduto a qualquer momento. Sua defesa alega que ele está com problemas de saúde e exigiram perícia médica.

O ministro do STF Dias Toffoli determinou que a perícia seja feita e, se comprovado o problema de saúde de Picciani, ele poderá cumprir prisão domiciliar.

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