Polícia indicia João de Deus por violação sexual mediante fraude

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2018 17h25 - Atualizado em 20/12/2018 17h27
Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo Médium está preso desde domingo, quando se entregou à polícia

A Polícia Civil indiciou João de Deus nesta quinta-feira (20) por violação sexual mediante fraude. O crime teria sido cometido contra uma mulher de cerca de 40 anos em 24 de outubro deste ano, durante atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO). O médium está preso desde domingo (16) em uma penitenciária do estado.

O inquérito concluído nesta quinta se refere ao relato mais recente de um crime cometido por João de Deus. Ele nega os crimes e já está em busca da reversão de sua prisão preventiva. Dois habeas corpus já indeferidos e um terceiro deve ser analisado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, ainda sem previsão.

Na denúncia, a vítima relata que notou quando o médium tirou o pênis de dentro da calça. Como ela disse a ter reparado o ato, João interrompeu o tratamento e pediu que ela não contasse a ninguém o ocorrido. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público. A pena para o crime de que ele é acusado varia de dois a seis anos.

Abusos

O líder espiritual está preso preventivamente desde o último domingo (16), quando se entregou à polícia em Abadiânia (GO). Ele é acusado de ter cometido abusos sexuais por mais de 500 mulheres de sete países. Além disso, ele movimentou R$ 35 milhões após as primeiras denúncias e a polícia encontrou dinheiro em um imóvel dele.

Na terça-feira (18), a Polícia Civil de Goiás apreendeu uma mala com dinheiro em espécie e armas na casa do médium João de Deus. O local era um dos alvos de mandados de busca e apreensão que foram cumpridos pelos investigadores. O local onde ele fazia atendimento espirituais, em Abadiânia (GO), também foi verificado.

Liberdade

O pedido de liberdade que será analisado por Toffoli, responsável pelo plantão do Supremo, é o terceiro feito pela defesa. Na quarta, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nefi Cordeiro negou a solicitação do advogado Alberto Toron. Na terça (18), o Tribunal de Justiça de Goiás já havia indeferido um habeas corpus.

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