Polícia pede a prisão temporária de filhos da deputada Flordelis acusados de assassinar o pai

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2019 14h58
Reprodução/Facebook Eles serão acusados de homicídio qualificado

A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão temporária dos filhos da deputada federal e pastora evangélica Flordelis dos Santos (PSD), acusados de assassinar o pai, o pastor Anderson do Carmo de Souza, alvejado por pelos menos 15 tiros no último domingo (16). As informações são do site G1.

Os réus são Lucas dos Santos, de 18 anos, filho adotivo do casal, e Flávio Rodrigues de Souza, de 38 anos, filho biológico de Flordelis.

O casal tinha 55 filhos. O motivo do crime foi uma traição de Anderson, que estaria mantendo uma relação amorosa extraconjugal. Ao prestar depoimento, Lucas se contradisse e confessou o assassinato, além de acusar Flávio de ser um dos mandantes, depois que policiais mostraram imagens de câmeras de segurança em que ele aparece na cena do crime.

De acordo com o delegado Antônio Ricardo, ao ser ouvido na Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), Flávio também admitiu que planejou a morte do pai e mandou o irmão dele, Lucas, executar o crime.

Ambos estão na cadeia desde segunda-feira (17), o mais velho por por violência doméstica e o mais novo por ter se envolvido, quando era menor de idade, com o tráfico. No entanto, agora eles serão acusados de homicídio qualificado.

Conforme o G1, apesar de ter admitido a participação, outras questões teriam ficado pendentes e contraditórias no relato do filho da deputada. A polícia quer esclarecer o que de fato aconteceu.

Morte de Anderson

Anderson e a esposa voltavam de um evento de confraternização na madrugada de domingo e teriam sido seguidos até em casa. Segundo a deputada contou à polícia, depois que chegaram em casa, o marido voltou à garagem porque teria esquecido algo dentro do carro. A família ouviu o som dos disparos e desceu correndo. Ele chegou a ser levado para o Hospital Niterói D´Or, mas não resistiu aos ferimentos.

A polícia investiga a hipótese de execução. Testemunhas contaram que três homens encapuzados fizeram os disparos. O cachorro da família teria sido dopado para não dar sinais da presença de estranhos.

Em um evento na Escola Estadual Paulo de Frontin, na Praça da Bandeira, na zona norte, o governador Wilson Witzel contou à imprensa que esteve com o secretário de Polícia Civil na noite de domingo e que a principal linha de investigação do crime era a de que um filho do casal tivesse ordenado a execução.

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