Lula: “Quanto mais me provocarem, mais corro risco de ser candidato em 2018”

  • Por Jovem Pan
  • 10/06/2016 21h42
SP - ATO/FORA TEMER/SP - POLÍTICA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante o ato "Fora Temer, Não ao Golpe, Nenhum Direito a Menos!", organizado pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta sexta-feira, 10. 10/06/2016 - Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo Lula durante ato contra Governo Temer na Av. Paulista - AE

Em discurso durante manifestação contra o Governo Temer nesta sexta-feira (10), em São Paulo, o ex-presidente Lula afirmou que poderá ser candidato nas eleições presidenciais de 2018.

“Quanto mais eles me provocarem, mais eu corro risco de ser candidato a presidente em 2018. Se eles acham que vão me amedrontar com ameaça, eu quero dizer, que quem não morreu de fome em Garanhuns (PE), não tem medo de ameaça nesse país”, disse.

Composta por movimentos de esquerda e centrais sindicais, a Frente Brasil Popular realizou seu primeiro ato unificado após Michel Temer assumir, interinamente, a Presidência.

Lula criticou o peemedebista por fazer mudanças no Governo, como a diminuição dos ministérios. Segundo o petista, Temer promove um “desmonte” no Brasil ao querer “privatizar”, em vez de governar. “Se a solução fosse diminuir ministérios, era melhor tirar a Fazenda, o Planejamento e deixar os ministérios dos pobres”, declarou Lula.

Durante seu discurso, Lula comparou Temer ao ex-presidente cubano Fidel Castro ao dizer que ele não tinha autoridade e nem legitimidade para realizar mudanças no Governo.

“Por favor, permita que o povo retome o Governo com a Dilma e dispute eleições em 2018 para ver se você vai ser presidente”, disse o ex-presidente ao se referir ao modo como Temer assumiu o cargo de forma interina.

Sobre a Operação lava Jato, Lula se disse “um pouco chateado” e desafiou os investigadores da Operação a apresentarem provas contra ele.

Segundo os organizadores do ato, realizado na Avenida Paulista, mais de 100 mil pessoas estiveram presentes. A Polícia Militar não divulgou o número de pessoas na manifestação.

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