Maioria do Senado já apoia o afastamento de Dilma Rousseff

Senado empossa 37 eleitos e 17 reeleitos para mandato até 2019 Senado Federal - Div

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que já há 42 senadores favoráveis à abertura de processo por crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff e 17 os que se declararam contrários. Dez parlamentares se disseram indecisos, 8 não quiseram responder e 4 não foram encontrados. Para que o processo seja admitido e aberto no Senado, são necessários 41 votos.

Com a abertura do processo – que será votado se dois terços da Câmara (342 deputados) aprovarem o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO) -, Dilma seria afastada até ser julgada pelo Senado e o vice Michel Temer exerceria a Presidência provisoriamente.

Entre os senadores que se declararam indecisos há surpresas como Walter Pinheiro (BA), recém-saído do PT. Há três peemedebistas que disseram não ter posição: o ex-ministro Edison Lobão (MA), que é investigado na Lava Jato, e os paraibanos José Maranhão e Raimundo Lira. Cristóvão Buarque (PPS-DF) e João Capiberibe (PSB-AP) também estão indecisos. Ambos pertencem a partidos pró-impeachment.

Fernando Collor (PTC-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) não quiseram responder. O peemedebista é pai do ministro Helder Barbalho, que permanece no comando da pasta de Portos. Jader havia se declarado na semana passada contrário ao afastamento.

Ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello, impeachado em 1992, não se posicionou em relação ao tema

Delator na Lava Jato e acusado de corrupção, o ex-petista Delcídio Amaral (MS) disse que votará pelo impeachment. Outra ex-petista pró-afastamento é Marta Suplicy (SP). Dois peemedebistas anunciaram voto a favor de Dilma e contra Temer chegar à Presidência: Roberto Requião (PR) e João Alberto (MA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.