PMDB oficializa saída da base aliada do Governo de Dilma Rousseff

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2016 15h23
Luis Macedo/Câmara dos Deputados PMDB oficializa saída do Governo de Dilma Rousseff

Em reunião comandada pelo vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá, confirmou a saída do partido da base aliada do Governo Dilma Rousseff por aclamação.

“A partir de hoje, nesta reunião histórica para o PMDB, o partido se retira da base do Governo de Dilma Rousseff e ninguém do País está auorizado a exercer qualquer cargo público em nome do partido”, disse Jucá.

Segundo o senador, mais de 100 integrantes da cúpula do partido participaram do encontro em Brasília. O vice-presidente da República, Michel Temer, não participou do encontro, mas foi lembrado por aclamações dos presentes: “Brasil pra frente, Temer presidente”.

Segundo decisão do partido, sete ministros e outros 600 cargos na máquina pública federal deverão ser entregues, como tentativa de fortalecer Michel Temer, que seria o beneficiário direto de um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Nesta segunda-feira (28), Henrique Alves antecipou-se à decisão do partido e pediu exoneração do cargo de ministro do Turismo. Outros seis partidos que deverão entregar seus postos são: Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), Kátia Abreu (Agricultura) e Helder Barbalho (Secretaria de Portos).

Nesta terça-feira (29), no entanto, os ministros Kátia Abreu e Celso Pansera afirmaram que não tomariam uma posição enquanto o PMDB não oficializasse o desembarque do Governo.

Quanto aos ministros que se opuserem à saída do Governo, poderá ser aberto um processo de expulsão do partido. Já existe a sinalização clara de que a ministra Kátia Abreu pode mudar de partido para permanecer na equipe ministerial de Dilma Rousseff. Pansera ainda não sinaliza uma saída da sigla.

Assim, os ministros que decidirem permanecer na base aliada podem perder sua filiação partidária, no entanto, a medida não é interessante nem para a presidente Dilma. Os cargos do PMDB devem ser redistribuídos pela base aliada como forma de garantir apoio ao Governo, já que com a debandada dos peemedebistas, outros partidos podem tomar a mesma decisão.

*Informações dos repórteres em Brasília, José Maria Trindade e Luciana Verdolin

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.