Portas de alojamentos estudantis da USP amanhecem pichadas com suástica

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2018 15h44 - Atualizado em 17/10/2018 16h21
Reprodução Segundo o estudante, essa é a primeira vez que suásticas foram pichadas no CRUSP. “Eu e as pessoas que moram comigo estamos com medo, isso nunca aconteceu”, afirmou

Pelo menos três portas e uma parede de alojamentos do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (CRUSP) amanheceram pichadas com suásticas nesta segunda-feira (17).

O aluno de Geografia da USP Alexandre Roberto da Silva acredita que a pichação tenha acontecido durante a madrugada. Ele conta que percebeu os desenhos gravados nas portas do corredor do seu alojamento quando estava saindo de casa. “Não sabemos quem foi. É difícil porque o espaço é público, todo mundo pode passar aqui. E mora todo tipo de estudante por aqui”, disse. Segundo o estudante, essa é a primeira vez que suásticas foram pichadas no CRUSP. “Eu e as pessoas que moram comigo estamos com medo, isso nunca aconteceu”, afirmou.

O estudante denunciou as pichações a Segurança Assistência Social da USP, entretanto, o órgão afirmou não poder abrir sindicância para averiguar a denúncia sem um boletim de ocorrência da Policia Militar. “A USP é omissa. É triste, podemos estar correndo risco de vida aqui”, disse. Outros quatro estudantes também fizeram denúncia no mesmo órgão durante a tarde.

Outros casos
Nas últimas semanas, outros lugares também foram pichados com o símbolo nazista. Em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, a Capela de São Pedro da Serra – a mais antiga da cidade – teve sua fachada pichada no último domingo, 14.

Antes disso, no dia 9 de outubro, uma mulher apresentou denúncia de agressão na 1ª delegacia de Porto Alegre após uma foto sua viralizar em grupos de  whatsapp e redes sociais. Na foto, a jovem mostra uma suástica riscada em sua pele. Ela afirma que foi atacada por três homens. Para o delegado responsável pelo caso, Paulo Jardim, a suástica na pele da jovem seria, na verdade, um símbolo budista.

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