‘Problema cardíaco desconhecido em vida’ causou a morte do modelo Tales Cotta

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2019 17h29
Leco Viana/Estadão Conteúdo A presença de drogas e álcool no corpo do modelo continua sendo descartada

Foi apontada como provável causa da morte do modelo Tales Cotta, que caiu durante desfile na 47ª São Paulo Fashion Week (SPFW), uma doença do coração não diagnosticada em vida, que provocou um edema pulmonar agudo no jovem. O laudo necroscópico foi obtido pelo site G1.

Segundo cópia do exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Técnico-Científica, Tales tinha um problema cardíaco que talvez nem ele próprio soubesse que possuía. A presença de drogas e álcool no corpo do modelo continua sendo descartada.

Agora, o laudo será enviado para o 91º Distrito Policial (DP), Ceasa, para ser anexado ao inquérito que investigava morte suspeita a esclarecer. Como não há crime, o mais provável é que o caso seja considerado uma fatalidade e seja arquivado. O agente do modelo ainda será ouvido antes da investigação ser concluída.

Críticas

O modelo, de 25 anos, sofreu um mal súbito durante desfile da marca Ocksa e morreu no Pronto Socorro Municipal da Lapa, zona oeste de São Paulo, no dia 27 de abril. Na ocasião, a indústria da moda brasileira recebeu fortes críticas porque, mesmo após a fatalidade se tornar pública, a programação do evento seguiu sem alterações.

Um dia depois da morte do jovem, a marca Ocksa emitiu nota desculpando-se por ter dado continuidade ao desfile.

“Em nome de toda equipe pedimos desculpas por temos dado continuidade ao desfile, independente das informações que dispúnhamos naquele momento, no backstage. Independente se tivesse sido uma queda ou ele desmaiado, jamais deveríamos ter dado continuidade ao desfile. Tudo aconteceu muito depressa.”

A organização da SPFW enviou um comunicado à imprensa em que afirmou que foi informada sobre a morte de Tales às 18h50 e se reuniu com marcas, diretores de desfiles, stylists e modelos e foi dada a opção de cancelamento do evento.

“Mesmo abalados, todos decidiram manter os desfiles. Foi decidido também pelo minuto de silêncio na abertura de cada um”, informou.

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