Problema em distribuição afeta estoques de vacina contra meningite C

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/07/2018 16h21
Rovena Rosa/Agência Brasil Rovena Rosa/Agência Brasil Ministério da Saúde orienta que seja realizado o agendamento da vacinação nos locais com doses reduzidas, mas diz que a situação estará normalizada já em agosto
Problemas na distribuição da vacina contra a meningite C nos últimos três meses afetaram os estoques do imunizante no País. A situação fez com que o Ministério da Saúde emitisse um informe sobre a situação para os Estados. A pasta orienta que seja realizado o agendamento da vacinação nos locais com doses reduzidas, mas diz que a situação estará normalizada já em agosto.

A vacina Meningocócica C integra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e é aplicada em bebês aos 3 e 5 meses de vida, com reforço quando a criança completa 1 ano. Caso esta última dose não seja administrada, ela pode ser tomada até os 4 anos de idade. A meningite é uma doença grave caracterizada por um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

Segundo o ministério, o imunizante continua sendo distribuído nos Estados, mas de forma reduzida por causa de “atrasos na entrega pelo laboratório produtor, a Fundação Ezequiel Dias (Funed).”

O laboratório informou, em nota, que teve “problemas atípicos na cadeia produtiva e logística”. “Ressaltamos que esse cenário é temporário e que a situação já vem sendo regularizada, com a entrega de 1,2 milhão de doses da vacina ao Ministério da Saúde neste mês de julho e previsão de regularização total no próximo mês de agosto.”

O Estado de São Paulo está entre os afetados pelo problema na distribuição da vacina. A Secretaria de Estado da Saúde disse que solicitou, neste ano, 896 mil doses, mas recebeu 339,5 mil. A pasta informou que, nos meses de junho e julho, o ministério enviou ao Estado 10% e 15% do solicitado, respectivamente.

“Para o mês de agosto, a pasta estadual recebeu 101.200 mil doses, correspondendo a 36% do total solicitado, e fará a redistribuição aos municípios”. Segundo a pasta, no ano passado, foram registrados 150 casos da doença no Estado. Neste ano, até junho, foram 37.

A capital recebeu apenas 16% das doses solicitadas e já há casos de falta de vacina em postos de vacinação, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.

“Apesar das ações para amenizar possíveis transtornos, como o remanejamento das doses de salas de vacina com menor demanda, o atendimento já começou a ser comprometido na cidade pela falta da vacina em algumas unidades. A pasta aguarda a regularização da entrega por parte do Ministério da Saúde para que o reabastecimento das unidades seja realizado o mais brevemente possível”, informou.

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