Procuradores afirmam que Moreira Franco acompanhava propinas até o pagamento

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2019 09h32 - Atualizado em 22/03/2019 09h33
Antonio Cruz/ABr Detido em uma avenida do Rio de Janeiro, emedebista é o quinto ex-governador do Rio detido nos últimos três anos

Na denúncia feita à Justiça que serviu de base para a prisão de Wellintgon Moreira Franco na tarde desta quinta (21), os procuradores federais da Lava Jato sustentaram que o ex-ministro acompanhava até o final os pagamentos de propina que solicitava a empresários.

O Ministério Público utilizou a expressão longa manus (“mão longa”, em latim) para descrever as atividades exercidas pelo emedebista. O termo geralmente é designado para identificar um cumpridor de ordens de alguém, papel que, na peça, é representado pelo ex-presidente Michel Temer.

“Ele não só solicitou o pagamento de propina, mas também acompanhou o pagamento até a sua efetiva realização”, afirmou o procurador Sérgio Pinel. A fundamentação do pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro ocupa menos de 2 das 383 páginas do pedido feito pelo MP.

A defesa de Moreira Franco, no entanto, considerou a prisão como desnecessária. Segundo o advogado Antônio Sérgio Moraes Pitombo, o ex-ministro  “manifestou estar à disposição nas investigações em curso, prestou depoimentos e se defendeu por escrito quando necessário. Causa estranheza o decreto de prisão vir de juiz de direito cuja competência não se encontra ainda firmada, em procedimento desconhecido até aqui.”

Detido em uma avenida do Rio de Janeiro, Wellington Moreira Franco é o quinto ex-governador do estado detido nos últimos três anos. O emedebista foi antecedido por Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho.

Com Estadão Conteúdo

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