Procuradoria quer impedir invasão a aplicativos de mensagem de procuradores da Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2019 20h45 - Atualizado em 14/05/2019 20h46
Creative Commons/Microsiervos redes sociais Identificadas nos últimos dias, as tentativas de ataques já são objeto de procedimentos investigativos específicos nas respectivas unidades

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, determinou a abertura de um inquérito para acompanhar a apuração de tentativas de ataques aos aplicativos de mensagens, como Whatsapp e Telegram, nos celulares de procuradores do Ministério Público Federal (MPF), sobretudo os que integram a força-tarefa da Lava Jato no Rio e no Paraná.

Identificadas nos últimos dias, as tentativas de ataques já são objeto de procedimentos investigativos específicos nas respectivas unidades.

No âmbito da PGR, foram determinadas providências a serem adotadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) “no sentido de diagnosticar eventuais ataques e resolver o problema de forma definitiva”.

Desde a semana passada, a Secretaria de Tecnologia da Informação tem reforçado orientações de medidas para ampliar a segurança dos aplicativos de mensagem nos celulares institucionais. A operadora telefônica também foi acionada para garantir a segurança dos usuários.

“Em parte dos casos em que foi verificada a tentativa de ataque, os usuários receberam ligações do seu próprio número, o que à primeira vista parece impossível, algo que estaria sendo viabilizado por meio de aplicativos específicos”, destacou a Procuradoria.

A secretaria esclarece ainda que os roubos de identidade, e o chamado sequestro de contas de Telegram e WhatsApp podem estar acontecendo “por meio das explorações dessas vulnerabilidades ou por meio de mensagens falsas que levam o usuário a clicar ou fornecer informações que viabilizam a fraude”.

“Uma vez comprometido o aplicativo, os contatos presentes naquele dispositivo serão as próximas vítimas, tanto pelas informações ali presentes quanto pela relação de confiança comumente estabelecida entre os pares.”

No despacho em que determinou a abertura do procedimento, a PGR citou informações recebidas dos integrantes da força-tarefa, enfatiza que os ataques noticiados pelos procuradores são graves e configuram uma situação que pode comprometer diversas apurações em curso.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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