Protesto de professores termina em tumulto na Câmara Municipal de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2018 15h36 - Atualizado em 14/03/2018 15h56
SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO Polícia lança bombas de gás contra professores na sede da Câmara Municipal

Em greve há seis dias, professores da rede Municipal de Ensino participam de ato em frente ao prédio da Câmara. Os servidores pretendem acompanhar a votação do projeto que propõe mudanças na Previdência, e tentaram forçar a entrada na sede legislativa. A Guarda Civil Metropolitana foi acionada e precisou intervir.

Revoltados, muitos passaram a chutar a porta de vidro e outros arremessaram grades contra a entrada. A PM também foi chamada e lançou bombas de gás para conter a tentativa de invasão. Na parte de fora do prédio, no viaduto Jacareí, também houve confusão entre os professores e policiais.

Já dentro do Plenário, alguns manifestantes relataram, por meio das redes sociais, que foram agredidos pela CGM.

Em entrevista à Jovem Pan, o vereador Gilberto Natalini (PV), explicou que o tumulto foi motivado pela superlotação no edifício. “Há uma presença grande de funcionários públicos, aqui na Câmara, e milhares de pessoas. A situação ficou muito tensa e houve intervenção da polícia (…) Os funcionários tem todo o direito de estar indignados porque o projeto do jeito que está realmente lesa o funcionalismo público, mas nada justifica quebrar vidros”, declarou o vereador.

“O projeto do jeito que está é muito ‘draconiano’. Se não houver modificações e abrandamento de proposituras, a minha tendência é votar contra. A gente sabe da situação do IPREM (Instituto da Previdência Municipal de São Paulo), sabe do rombo da previdência, mas estamos avaliando para tomar a melhor medida para preservar os direitos do funcionários públicos”, completou Natalini.

A sessão que deve votar o SAMPAPREV, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara está prevista para à tarde desta quarta-feira (14).

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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