Protesto de caminhoneiros se dissipa após pedido de Osmar Terra

  • Por Victoria Abel
  • 10/12/2018 20h45 - Atualizado em 10/12/2018 20h47
Agência Brasil O futuro ministro da Cidadania de Bolsonaro prometeu aos trabalhadores uma reunião com o ministro Luiz Fux

Após protestos de caminhoneiros serem registrados na rodovia Presidente Dutra e no Porto de Santos nesta segunda-feira (10), motoristas começaram a deixar, durante a noite, o último ponto de manifestação na altura de Barra Mansa, cidade do Rio de Janeiro. A dispersão ocorreu após mediação feita pelo deputado federal e futuro ministro Osmar Terra (MDB), que pediu “um voto de confiança” aos trabalhadores e prometeu uma negociação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.

Osmar Terra estava com reunião marcada nesta segunda com a ministra da Advocacia Geral da União e com Fux para chegar a um acordo, segundo informaram líderes de sindicatos de caminhoneiros. A informação também foi confirmada pela assessoria de imprensa do deputado. As paralisações de caminhoneiros tiveram início após uma decisão do ministro de proibir a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de multar os transportadores que não seguissem a tabela de fretes.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Rio de Janeiro (Sinditac) Francisco Wilde Ferreira, que esteve no protesto de Barra Mansa, confirmou que as pistas começaram a serem liberadas após uma ligação de Terra. “Os caminhoneiros confiam muito no Dr. Osmar”, disse. Ferreira afirmou, no entanto, que um grupo de motoristas permaneceu no local sob alerta, caso nada seja feito.

Para o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Rio de Janeiro (Sindicam) Neli Botelho, os caminhoneiros encararam a decisão de Fux como uma “traição”, já que o tabelamento foi um acordo feito com o governo para que a categoria encerrasse a greve de maio deste ano.

Segundo ele, o chamamento aos protestos desta vez também foi descentralizado, por meio de grupos de WhatsApp. O presidente do Sindicam ainda opinou que não é momento para se iniciar uma greve. “A situação hoje está em uma condição completamente diferente de maio”, afirmou. No entanto, Botelho acredita que o sindicato tem que apoiar o caminhoneiro e estar presente nos protestos para intermediar negociações.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.