Quase um mês após demissão, Bebianno diz que ainda tem ‘carinho e lealdade’ por Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2019 09h00 - Atualizado em 14/03/2019 09h07
Wilton Junior/Estadão Conteúdo Ex-ministro considerou ainda como "grande equívoco" o episódio que levou à sua queda em 19 de fevereiro

O ex-ministro Gustavo Bebianno disse nesta quarta (13) que mantém “carinho e lealdade” por Jair Bolsonaro, poucos dias antes de completar um mês da sua demissão do Planalto. O então chefe da Secretaria da Presidência caiu após atritos com Carlos, filho do presidente, e pelas denúncias de que seu partido, o PSL, teria usado candidaturas laranjas nas eleições de 2018. Ele presidiu a agremiação durante o pleito.

“Minha amizade e respeito por ele continuam os mesmos. Ele tem o meu carinho e lealdade”, disse Bebianno, em entrevista. O ex-ministro considerou ainda como “grande equívoco” o episódio que levou à sua queda em 19 de fevereiro. “Tudo o que aconteceu no meu episódio foi um grande equívoco. Mas o tempo é o senhor da razão”.

Bebianno avalia ainda que Bolsonaro está agora “sob forte pressão emocional desde a facada que recebeu. Ele sofreu muito durante toda a campanha e, agora, enfrenta toda a pressão inerente ao cargo”.

Antes de participar da campanha de Bolsonaro, Bebianno trabalhou em um dos maiores escritórios de advocacia do País, com sede no Rio de Janeiro. O ex-ministro foi sondado por escritórios de advocacias em Brasília para voltar a exercer a profissão.

Para isso, no entanto, ele terá de esperar vencer o período de quarentena aplicado pela Comissão de Ética Pública da Presidência. Por ter tido acesso a informações privilegiadas, Bebianno tem que ficar seis meses longe da iniciativa privada, recebendo salário de ministro de Estado.

Com Agência Estado

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