‘Quem tem voto manda’, diz Doria sobre comando do PSDB

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2019 19h39 - Atualizado em 03/04/2019 19h43
Johnny Drum João Doria falou sobre a renovação do PSDB em entrevista ao 3 em 1

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quarta-feira (3) que terá “força e determinação” para impulsionar a renovação do PSDB a partir de junho, quando um novo presidente assumirá o comando do partido. O ex-prefeito da capital paulista ressaltou que ele e outros políticos da sigla que foram eleitos nas eleições do ano passado estão em alta no partido. “Essa uma situação que a gente aprende na prática: quem tem voto, manda”, disse em entrevista ao 3 em 1.

Segundo Doria, o PSDB deve se modernizar e atrair mais jovens e mulheres para um “futuro próspero”. “Precisamos nos conectar com os jovens, deixar de ser um partido analógico e virar digital”, afirmou. Para isso, ele apoia a eleição de Bruno Araújo, ex-deputado federal por Pernambuco e ex-ministro das Cidades, para a direção do partido. “Jovem, competente e experiente.”

Posições declaradas

João Doria afirmou que, a partir de junho, o PSDB será um partido de centro, valorizando a política liberal, dialogando com a esquerda e a direita, mas condenando os extremos em ambos os lados. “Os extremos não propõem, impõem”, resumiu.

O governador paulista rechaçou a ideia de um rodízio na liderança do PSDB. “O PSDB não é uma pizzaria, não tem rodízio”, ironizou. “Não sei de onde surgiu isso, não foi ideia do governador Geraldo Alckmin“, afirmou. Para ele, o que o partido precisa é de posições declaradas, algo que ele já fez em São Paulo. “Em São Paulo, está decretado o fim do muro. O gerúndio que ocupou o PSDB acabou”, declarou.

Doria defendeu que o importante é o partido ter posições, ainda que elas sejam erradas. “Se errar, tem que ter humildade de dizer ‘erramos’, dar um passo atrás para rever e reorganizar”, explicou.

Mesmo com esse movimento de modernização, João Doria ressaltou que o PSDB não vai esquecer seu passado. “Não precisamos estigmatizar o passado, apenas ter uma sintonia com os jovens”, disse. Para ele, o partido continuará aprendendo com as vitórias e as derrotas. “A história na democracia se faz com vitórias e com derrotas também. As derrotas ensinam, são elucidadoras, são profiláticas. Mesmo na derrota, o PSDB soube superar e garantiu seu êxito”, afirmou.

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