Raquel Dodge pede inquérito policial contra coronel que ameaçou Rosa Weber em vídeo

  • Por Jovem Pan
  • 25/10/2018 15h27 - Atualizado em 25/10/2018 15h28
Reprodução Não há confirmação de que o homem seja, de fato, um coronel do exército.

Durante 28 minutos, um homem que se identifica como “Coronel Carlos Alves” promove ofensas contra a presidente do TSE, Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Rosa Weber, e ameaça golpe militar caso o candidato petista Fernando Haddad seja eleito.

Alves afirma que a eleição só poderá correr livre de fraudes caso o resultado venha a partir da contagem de votos impressos. “Nós não acataremos qualquer que seja o resultado das urnas, nós acataremos caso cada brasileiro use uma caneta para dizer [escrever] lá ’17 Bolsonaro e 20 Witzel’, no Rio, porque se Haddad for eleito presidente da república, eu como intervencionista e milhões de brasileiros ficaremos com a dúvida e nós teremos que tirar a dúvida no pau”, ameaçou. Não há confirmação de que o homem seja, de fato, um coronel do exército.

Ao que tudo indica, o principal objetivo do suposto coronel é defender o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, das acusações de abuso de poder econômico e caixa dois eleitoral. Ele ameaça a presidente do TSE caso sejam aceitas ações contra o candidato.

Pelo grau de ofensas e ameaças na publicação, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requereu instauração imediata de inquérito policial para identificação do autor do vídeo, e apuração de crimes de difamação, injúria, calúnia e ameaça. O suspeito, quando identificado, deverá passar por oitivas. A Procuradoria-Geral da República também deve investigar possível falsa imputação de crime e calúnia e difamação contra o ministro Ricardo Lewandowski.

Dodge criticou o vídeo e afirmou que seu conteúdo tem “graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos”, concluiu.

 

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