Raul Jungmann diz que a prisão de Pezão é ‘extremamente triste’

  • 29/11/2018 18h55 - Atualizado em 29/11/2018 19h27
Marcelo Camargo/Agência Brasil "Você não pode ter nenhum motivo de alegria por esse fato", disse

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, considerou a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, “extremamente triste” e disse que o estado vive uma “metástase” em que o crime organizado conseguiu penetrar no poder público. Pezão é o quarto governador do Rio a ser preso nos últimos anos. Diferente dele, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos quando não estavam mais nos respectivos cargos.

“Você não pode ter nenhum motivo de alegria por esse fato. Agora, o que eu tenho repetido, é que o Rio de Janeiro vive uma palavra dura, uma palavra que eu não gosto de repetir, mas tenho que dizer: o Rio vive uma metástase aonde o crime, de mãos dadas com a corrupção, conseguiu penetrar no poder público. E associada as milícias, ao tráfico de drogas, a questão do crime organizado, infelizmente tem levado a esse estado de coisas”, disse o ministro.

Ele ainda afirmou que o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal estão enfrentando, na ação integrada, os “podres poderes”. “Podemos dizer que, juntamente com a intervenção que lá apresenta os resultados, é possível ter esperança de derrotar esses podres poderes e resgatar a tranquilidade e sobretudo o sossego e a paz da população carioca.”

O ministro confirmou que não recebeu nenhum convite para atuar no próximo governo, mas que está contribuindo para que a transição ocorra de “forma fluida”.

“Não recebemos nenhum convite, mas posso dizer que aqui a transição se dá com grande fluidez, tanto a equipe da transição e o futuro ministro [da Justiça, Sergio] Moro, como a nossa equipe, estão trabalhando de mãos dadas para poder produzir o melhor resultado e para que a partida do novo governo na nossa área se dê da melhor forma possível porque é interesse do Brasil e de todos nós”, encerrou Jungmann.

*Com informações da Agência Brasil

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