Relator apresenta parecer favorável à admissibilidade da reforma da Previdência; veja como foi a sessão

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2019 20h40 - Atualizado em 09/04/2019 21h11
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Reunião chegou a ser interrompida durante alguns minutos devido a confusão entre parlamentares

Após tumultos e discussões, o relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Delegado Marcelo Freitas (PSL), apresentou parecer favorável à admissibilidade da proposta elaborada pelo governo de Jair Bolsonaro. O mérito ainda será discutido por uma comissão especial. A previsão é que, no dia 17 de abril, o relatório seja votado no colegiado.

Logo no começo da reunião, o requerimento de um parlamentar governista foi aprovado com 39 votos a favor e três contra. Dos 66 membros titulares, apenas 42 votaram. Os demais estavam em obstrução, ou seja, apesar de estarem presentes, não registraram voto. Com isso, a apresentação do relatório passou a ser o primeiro item da pauta.

A sessão durou cerca de seis horas e foi interrompida devido a uma confusão entre os deputados. Desde o início, parlamentares da oposição fizeram uma série de questionamentos na tentativa de atrasar a leitura do relatório, mas todos foram rejeitados pelo presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL).

Pontos polêmicos do texto são aprovados

Polêmica, a proposta para o benefício assistencial a idosos de baixa renda foi declarado legal pelo relator. A ideia do governo é pagar R$ 400 a partir de 60 anos e um salário mínimo a partir dos 70 anos. Apesar disso, Freitas recomendou que a comissão especial “examine com profundidade a conveniência, a oportunidade e a justiça dos parâmetros fixados” – mesma recomendação feita para os parâmetros da aposentadoria rural, igualmente considerados constitucionais pelo deputado. O relator ressaltou que a comissão especial é o fórum mais adequado para discutir o mérito da proposta e fazer eventuais ajustes.

Deputado é acusado de portar uma arma

Uma confusão envolvendo deputados do PT e do PDT, incluindo Erika Kokay (PT) e Eduardo Bismarck (PDT), fez com que Francischini suspendesse a reunião por 10 minutos.

Bismarck acusou o deputado Delegado Waldir (PSL) de estar portando uma arma, o que não é permitido pela Constituição Federal. Contudo, a informação foi desmentida por Paulo Eduardo Martins (PSC), que disse, em entrevista ao programa Os Pingos nos Is da Jovem Pan, que se tratava de um coldre, espécie de estojo para revólver usado por militares e agentes de segurança.

Martins acusou os políticos da oposição de “tumultuadores”. “Agora há pouco avançaram na mesa, acusaram o Waldir de estar armado. Era só um coldre fixo. Ele é delegado! Eles usam isso para fazer gritaria. Erika Kokay, Maria do Rosário (PT). É a ‘tropa de elite’ da sabotagem. Isso não é democracia, é baixaria. Um assunto relevante que vai salvar a aposentadoria de muita gente acaba sendo atrasado por um comportamento infantil, patético e irresponsável.”

Parlamentar chama mulheres da oposição de “tchutchucarada”

Outro tumulto entre oposição e situação ocorreu entre Maria do Rosário (PT) e Joice Hasselman (PSL). A petista questionou o fato de a colega estar sentada à mesa da CCJ, o que levou a uma discussão entre as duas. Joice, então, começou a filmar Maria com o celular, provocando a indignação da oposição, que acusou a postura de “antiética”.

Pastor Eurico (Patriota-PE), neste momento, saiu em defesa de Joice, dizendo que era melhor ter a líder como “tigresa” do que a “tchutchucarada petista”. Segundo ele, “agora graças a Deus têm chegado pessoas, outras mulheres aqui,  que pensam diferente o Brasil. É melhor termos a senhora e demais companheiras como tigresas do que ter essa tchutchucarada aí petista”.

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