‘Resolveram me pegar para Cristo’, diz vereador investigado pelo assassinato de Marielle

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2018 13h18 - Atualizado em 15/12/2018 13h19
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO "Mais do que ninguém quero também que seja desvendado", garantiu Siciliano

O vereador Marcello Siciliano (PHS) deu uma entrevista coletiva neste sábado (15) para falar sobre as suspeitas de que teria participado do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. Ele mais uma vez negou que tenha qualquer relação com o caso e chamou de “midiática” a busca realizada pela polícia em seus imóveis.

“Com todo o respeito que eu tenho ao Judiciário, ao Ministério Público, à instituição policial, mas a gente está vendo que a intervenção está chegando ao fim. Tem uma pressão muito grande por parte da sociedade, (das organizações) dos direitos humanos, da Anistia Internacional. Esse (assassinato de Marielle) realmente é um crime de repercussão internacional. Mais do que ninguém quero também que seja desvendado. Não sei por que resolveram me ‘pegar para Cristo’ nesse crime que não cometi”, afirmou.

“Venho aqui reiterar o pedido de federalização do caso. Está mais do que claro, com todas as denúncias que vêm acontecendo a membros da delegacia que está investigando (Delegacia de Homicídios). Todas essas falhas que estão acontecendo ao longo desse processo. Quem é essa pessoa que me acusou? Criaram uma história contra mim, que não prosperou. Agora estão tentando criar outra história contra mim”, completou.

Siciliano declarou ainda que, ao levantar suspeitas contra ele, estão “querendo matar outro vereador com o mesmo tiro”. Ele disse que se sente inseguro e analisa entrar com pedido de proteção policial.

A investigação

Os mandados de busca e apreensão atenderam pedido do Ministério Público Estadual (MPE). Eles foram cumpridos em imóveis residenciais, escritórios e gabinete da Câmara dos Vereadores, locais onde foram recolhidos documentos, computadores e celulares, além de um cofre. Logo depois, Siciliano esteve na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, na Cidade da Polícia, para se colocar “à disposição” da Justiça.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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