Refém é libertada após ter faca no pescoço por duas horas em loja na Av. Paulista

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2016 13h46
Reprodução/TV Globo Homem teria problemas mentais

Após mais de duas horas, terminou sem vítimas o ataque de um homem com problemas mentais à funcionária de uma loja de chocolates no número 653 da Avenida Paulista, perto do cruzamento com a Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. Ele manteve a mulher com uma faca colada ao pescoço desde as 11h30 deste sábado (09). A refém saiu chorando nos braços dos policiais e foi atendida em um dos quatro carros de corpo de Bombeiros presentes no local

Everton Cardoso, de 35 anos, se entregou e foi preso após mais de duas horas de negociação com policiais militares e oficiais especializados do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais). A mãe do homem também foi chamada ao local, entrou na loja e ajudou em seu convencimento. Cardoso exigiu a presença de jornalistas para se entregar sem ser ferido. Foi criada uma proteção em frente à loja a cinco metros da entrada para que os repórteres pudessem ser vistos pelo homem.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o autor do ataque teria problemas psicológicos e já havia sido preso antes pelo mesmo crime – de fazer reféns em um antigo local de trabalho. Desta vez, porém, Cardoso não tinha vínculos com a Brasil Cacau, dona da loja. A polícia também descartou que o ataque tenha iniciado em um assalto. O homem seria uma pessoa que sofre de síndrome de perseguição. De acordo com a mãe de Everton, ele também seria usuário de drogas, mas não aparentava alteração por uso de entorpecentes no momento da negociação, apenas nervosismo emocional.

O clima na avenida foi de bastante tensão durante os 140 minutos que demorou a ação. A calçada foi totalmente interditada por quatro viaturas da PM, quatro carros do corpo de bombeiros, um furgão da base comunitária nova e fitas isolantes. Dezenas de curiosos se aglomeraram, no entanto, na ciclovia do canteiro central da avenida.

A faixa da direita, onde funciona o corredor de ônibus, foi bloqueada pelos carros oficiais e pedestres que tentavam passar pelo local, gerando um longo trânsito na Av. Paulista, sentido Paraíso. 

O capitão do Gate Wellinton Reis, que comandava a negociação, disse que a pessoa que praticou o ataque estava desequilibrada e alternava o humor entre “altos e baixos” durante a negociação, o que colocava em risco a vida da funcionária.

Uma colega da refém, outra empregada da Brasil Cacau, fala que o homem era apenas mais um cliente que teria tentado praticar um assalto, ao contrário da versão da PM. O repórter JP Felipe Palma conversou com ela, que estava bastante emocionada, e apenas contou que conseguiu correr e fugir no momento do ataque.

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