Se reivindicações não forem atendidas, FUP pretende parar por tempo indeterminado

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/05/2018 17h29 - Atualizado em 29/05/2018 17h29
Divulgação/Petrobras petrobras Greve tem como principais reivindicações o fim da venda de ativos da Petrobras; o aumento do volume processado pelas refinarias da estatal; e o fim da política atual de preços

Os 14 sindicatos ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão realizando assembleias ao longo do dia para receber as últimas orientações em relação à greve de advertência que será iniciada amanhã e termina em 72 horas. Se as reivindicações não forem atendidas, a FUP pretende realizar uma greve por tempo indeterminado com parada de produção, que será decidida em 12 de junho.

Como adiantou a coluna da jornalista Sonia Racy, do jornal O Estado de S. Paulo, petroleiros do litoral paulista aprovaram greve por tempo indeterminado, na manhã desta terça-feira.

De acordo como diretor da FUP Simão Zanardi, a expectativa é de grande adesão à greve e a carta enviada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, não deve surtir nenhum efeito nos empregados. “A credibilidade dele (Parente) está muito em baixa, tanto entre os empregados como no mercado. Se ele desvincular os preços do mercado internacional quebra um acordo com o mercado”, observou.

A greve tem como principais reivindicações o fim da venda de ativos da Petrobras, o aumento do volume processado pelas refinarias da estatal e o fim da política atual de preços.

“Hoje estamos refinando 1,2 milhão de barris por dia (b/d) e podiam ser 2 milhões, a capacidade das refinarias da Petrobras”, explicou o diretor ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Com isso o Brasil passou de 40 empresas importadoras de combustível para 300. Se aumentar o refino aqui não precisa vender as refinarias”, afirmou.

Petrobras vê pauta política

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, contestou os motivos das reivindicações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que mobilizou os empregados da estatal para uma greve de 72 horas a partir da zero hora dessa quarta-feira, 30. Em teleconferência com analistas de mercado, o executivo destacou que vem intensificando a comunicação com os funcionários para tentar minimizar a paralisação.

“No início da semana fizemos uma carta em nome de toda diretoria a toda força de trabalho. Intensificamos a comunicação com os petroleiros para que a greve não traga repercussões. Confiamos que colaboradores entenderão o momento que vivemos”, afirmou Parente.

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