Secretaria de Saúde não vai antecipar cronograma de vacinação contra febre amarela

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2018 17h52 - Atualizado em 12/01/2018 18h10
EFE EFE Estado de São Paulo registra 21 mortes por febre amarela silvestre

O estado de São Paulo tem visto os números de casos de Febre Amarela aumentarem a cada dia. Ao todo já são 21 mortes confirmadas e 40 casos autóctones. Por isso, a secretaria Estadual de Saúde já anunciou que vai intensificar a vacinação nas chamadas áreas de risco. Mas a antecipação do cronograma está praticamente descartada.

Em entrevista à Jovem Pan, o coordenador de controle de doenças do estados, Marcos Boulos enfatizou que a disponibilidade de vacinas é limitada e a prioridade é imunizar aqueles que vivem nas áreas de mata, consideradas como regiões de risco. “A produção toda está dirigida para pessoas que estão sob o risco de contrair febre amarela. No estado de São Paulo, por exemplo, os moradores do Horto Florestal, Cantareira, Mairiporã e Atibaia, já foram vacinados”, explicou.

Boulos salientou que o surgimento de novos casos da doença tem relação com pessoas que, durante as festas de final de ano, viajaram para essas áreas e não se protegeram. “O período de incubação da doença é exatamente de sete a dez dias. Por isso, que os casos estão aparecendo agora”,disse o infectologista, que ressaltou: “Só pode pegar febre amarela quem vive ou que está em contato íntimo com matas. Quem vive nos grandes centros urbanos não tem a mínima possibilidade de pegar febre amarela”, completou.

O coordenador explicou que os casos da doença são de febre amarela silvestre, contraídas apenas em regiões de mata, onde existe o vetor. “O mosquito não entra em casa e não vai para a cidade. Ele tem que ter o macaco como hospedeiro”, afirmou.

Boulos recomenda o uso de repelente para quem for viajar aos locais de risco e argumenta que toda população será imunizada de forma gradativa. “Imprevistos podem acontecer a todo momento. A população toda será vacinada, mas não dá para vacinar milhões de pessoas de um momento para o outro. Isso é feito gradativamente e priorizando as pessoas que estão próximas à região de matas”.

“Os outros podem ficar tranquilos e não tomem agora. Até porque a vacina tem riscos. Esperem a vacina chegar. Temos a expectativa de em um ano vacinar todo o estado de São Paulo. Desde abril de 2016 já vacinamos 7 milhões de pessoas, pois havia um contingente importante no interior do estado”, destacou.

*Com informações do repórter Carlos Aros

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