Sem reforma, estados irão falir ‘em questão de tempo’, diz Zema

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2019 09h41 - Atualizado em 14/06/2019 09h46
Fred Magno/Estadão Conteúdo Governador de Minas afirmou que gestão está em "normalidade temporária" nas contas, mas que a situação pode se agravar rapidamente

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta sexta (14) que a reforma da Previdência sem a inclusão dos estados é uma solução “temporária” e que, sem o novo regime, as unidades da federação estarão falidas “em questão de tempo”.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Zema disse que está atuando com prefeitos mineiros para pressionar deputados federais a fim de incluir o tema no texto.

“Não adianta o governo federal resolver sua situação e os estados ficarem falidos daqui a dois, três anos”, criticou o governador. “Eu estou recebendo deputados aqui, falando com eles em Brasília e pedindo que prefeitos de todos os 853 municípios de Minas para interceder por isso. Se não incluir os estados, a decisão é temporária”.

No parecer apresentado pelo relator da reforma na comissão especial que trata do tema, estados e municípios acabaram excluídos, mesmo com pressão de governadores para incluí-lo na PEC. O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), no entanto, disse que tentará reintroduzir o debate na proposta.

Romeu Zema afirmou que o governo mineiro está em “normalidade temporária” nas contas, mas que a situação pode se agravar rapidamente. Ele também disse ter dificuldades para aprovar uma reforma da previdência através da Assembleia Legislativa local.

“Os deputados estaduais estão mais próximos da população, e sabem como esse tema é impopular para aprovar assim”, confessou. “No Rio, a região da Assembleia virou um campo de guerra quando essa questão foi votada”.

O governador também criticou as centrais sindicais que mobilizam protestos nesta sexta (14) contra a reforma da Previdência em todo o país. Segundo ele, os atos são conduzidos por “baderneiros” e as manifestações deveriam ser feitas aos fins de semana para “não atrapalhar o direito de quem quer trabalhar”.

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