Sem saber que criminoso estava na missa, recepcionista quis ‘correr para dentro da igreja’ ao ouvir tiros

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2018 16h57
Denny Cesare/Estadão Conteúdo Autor dos disparos morreu, mas ainda não foi identificado pela polícia

A recepcionista Maria Luiza Vitorino trabalha perto da Catedral Metropolitana de Campinas. Nesta terça-feira (11), durante o horário de almoço, ela foi buscar pães bentos no local. A missa já estava acabando quando uma senhora, da igreja, disse que não havia o alimento – distribuído todo dia 13, em lembrança ao dia de Santo Antônio.

Ela costuma sempre ir à missa das 12h15, realizada durante a semana na igreja. Ao final da celebração, um suspeito ainda não identificado atirou contra nove pessoas, das quais quatro morreram. Policiais que estavam na região ouviram os tiros, entraram no templo e atiraram no criminoso, que, sem saída, optou por se suicidar.

Pão bento

“Fui lá ver se tinha o pão, a senhora me disse que não tinha e, na hora em que eu estava na escadaria, começou um barulho. Na hora, eu não assimilei que eram tiros. O barulho interrompeu, mas começou de novo, um [disparo] atrás do outro. Eu comecei a correr, queria entrar de novo na igreja, mas preferi entrar numa passarela”, contou.

Maria Luiza falou com exclusividade à Jovem Pan. No momento do crime, ela estava na escadaria da entrada principal a catedral, conversando com o namorado pelo celular. “Tinha um rapaz de uma loja chamando para entrar, todo mundo correu para lá e foram baixando as portas. O barulho não parava. Foi muito desesperados.”

Padre

O padre que celebrou a missa, Amauri Ribeiro Thomazzi, tranquilizou amigos e familiares logo após o ataque. “Uma pessoa entrou atirando, fez algumas vítimas. Ninguém pôde fazer nada, ajudar de forma nenhuma. A vocês, amigos, eu peço que rezem pela pessoa [que atirou] e pelos feridos. Estamos muito abalados com o que aconteceu”, disse em vídeo.

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