‘Sentimento é de desmotivação’, diz sindicato de policiais federais após nova soltura de Richa no Paraná

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2019 18h46
ANPR ANPR Preso duas vezes, tucano também foi solto duas vezes

O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná lamentou nesta sexta-feira (1º) a soltura do ex-governador paranaense Beto Richa (PSDB), determinada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.

O tucano havia sido detido – pela segunda vez – na sexta passada (25), durante a realização da 58ª fase da Operação Lava Jato. Richa é suspeito de participar de um esquema de fraude na gestão de concessões rodoviárias federais no estado.

“Os policiais federais receberam a notícia com indignação, especialmente pela concessão adicional de salvo conduto. Além da clara possibilidade de o ex-governador exercer influência sobre as investigações, a medida revela o descompasso entre os profissionais de segurança pública e o Judiciário no combate à corrupção”, declarou a entidade”.

“O sentimento é de desmotivação.”

Preso pela segunda vez, Richa foi solto também pela segunda vez.

Em setembro do ano passado, ele foi encarcerado em ação sobre desvios em programa para a recuperação de estradas rurais. Dias depois, foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na decisão, João Otávio de Noronha, a prisão de Beto Richa foi precipitada e motivada por fatos praticados há mais de sete anos. “Além disso, a realidade é outra, houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo pleito eleitoral e derrota nas eleições.”

O ex-governador do Paraná deixou por voltas das 10 horas desta sexta-feira, 1, o Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba. Beto Richa deixou o governo do Paraná em abril do ano passado para disputar o Senado, mas não foi eleito.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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