SP: Operação Jiboia prende líderes de facções criminosas e apreende R$ 900 mil

  • Por Jovem Pan
  • 03/05/2019 18h11 - Atualizado em 03/05/2019 18h55
Reprodução/Facebook Reprodução/Facebook Gaeco cumpre nesta sexta-feira (3) 50 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão na Operação Jiboia, contra facções criminosas de São Paulo

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta sexta-feira (3) 77 mandados de busca e apreensão na Operação Jiboia, contra facções criminosas de São Paulo. Foram presos 44 membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o major Emerson Massera, 11 deles foram pegos em flagrante e 33 em cumprimento a mandados. Eles responderão por crimes de tráfico de entorpecentes, posse de armas e de drogas para o tráfico.

Os agentes encontraram também quase R$ 900 mil em dinheiro vivo. Além disso, foram apreendidas seis armas, anotações da facção, veículos e nove quilos de drogas. De acordo com o major, esses números podem aumentar porque a contabilização ainda não está concluída. A droga foi levada para o DP da Zona Norte, e o dinheiro para o Banco do Brasil.

Segundo a polícia, todo o dinheiro foi encontrado com apenas um dos suspeitos. A ação ocorreu em cinco grandes regiões do estado: na capital e em Sorocaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Santos. A operação contou com 504 policiais militares, 121 viaturas, três aeronaves e 11 cães. “Uma estrutura muito grande para uma operação que nos anima bastante, porque vai trazer um resultado bastante significativo para a segurança pública”, disse o major.

Ela foi planejada após a transferência de lideranças para presídios federais fora do estado, após decisão judicial no início deste ano. Os acusados tinham como função o cadastramento de armas, o recolhimento de dinheiro para a organização, a realização de julgamentos dos tribunais do crime, além da coordenação de inteligência.

Segundo o promotor de Justiça Mário Sarrubbo, a investigação apontou que uma célula do PCC monitorava agentes públicos para possíveis ataques. “Esse trabalho vem sendo desenvolvido há alguns meses. Nós detectamos possíveis movimentações de levantamento de dados acerca de determinados agentes públicos, dentre eles, promotores de Justiça e policiais, e essa célula foi um dos alvos dessa operação de hoje”, disse.

“A célula [do PCC] fazia levantamentos acerca do dia a dia de autoridades, o que, em princípio, indica que talvez estivessem pensando no futuro, ou pelos menos cogitando, algum tipo de atentado ou algo assim”, acrescentou.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, cuja pena é de três a oito anos de prisão, tráfico de drogas (cinco a 15 anos de pena), associação ao tráfico (três a dez anos de pena), sequestro e cárcere privado (dois a oito anos de pena) e lavagem de dinheiro (três a dez anos de pena).

* Com informações da Agência Brasil

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