STF aprova lista tríplice para vaga no TSE com nome de ex-advogada geral da União

  • 24/04/2019 17h00
Antonio Cruz/Agência Brasil Em votação secreta para fechar a lista tríplice, Grace Mendonça recebeu o maior número de votos dos ministros do Supremo

Três nomes estão aprovados para uma vaga de ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): a ex-advogada-geral da União no governo de Michel Temer, Grace Mendonça e os advogados Sérgio Banhos e Carlos Horbach, que atualmente são ministros substitutos do órgão. A lista tríplice foi aprovada nesta quarta-feira (24) pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e os nomes serão submetidos ao Palácio do Planalto – caberá ao presidente Jair Bolsonaro fazer a nomeação, tendo de escolher obrigatoriamente um dos três.

Ao longo das últimas semanas, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e o ministro Luís Roberto Barroso atuaram nos bastidores a favor da nomeação de Grace. Rosa é atualmente a única mulher dos sete integrantes do TSE e quer ampliar a presença feminina no plenário da Corte. Além disso, possui boa relação com integrantes do Supremo desde os tempos em que defendeu os interesses da União perante o tribunal durante o governo Temer.

Em votação secreta para fechar a lista tríplice, Grace recebeu 10 votos dos ministros do Supremo; Sérgio Banhos e Carlos Horbach, 7 votos cada. Os integrantes da Suprema Corte têm direito a 3 votos. No entanto, os comentários no entorno do presidente dizem que a tendência dele, hoje, é nomear Sérgio Banhos – Grace figuraria primeiro como ministra substituta e só depois se tornaria titular.

A vaga é para ocupar o lugar de Admar Gonzaga, cujo mandato termina neste sábado (27).

As escolhas para o TSE são importantes para o Planalto já que a campanha de Bolsonaro à Presidência da República é alvo de oito processos que apuram supostas irregularidades, como disparo em massa de mensagens no WhatsApp contra o PT, ataque cibernético ao grupo de Facebook Mulheres Unidas contra Bolsonaro e outdoors espalhados com o nome de Bolsonaro em diversos municípios brasileiros. A defesa da campanha nega irregularidades.

* Com informações da Agência Estado

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