Tribunal eleitoral mantém ex-deputado do RJ Paulo Melo inelegível até 2024

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2019 11h36
Agência Brasil Deputado Paulo Melo (PMDB-RJ) se entrega à PF no Rio de Janeiro Paulo Melo está preso desde 14 de novembro de 2017, no âmbito da Operação Cadeia Velha

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) manteve a condenação do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) Paulo Melo (MDB) por abuso de poder econômico, político e uso indevido dos meios de comunicação. Com a decisão, tomada na sessão plenária desta quarta-feira (6), Paulo Melo fica inelegível por oito anos, a contar de 2016 até 2024.

A Corte entendeu que houve repasse de verba pública da Alerj para veículos de comunicação do município de Saquarema, entre os anos de 2011 e 2015, destinado à publicidade institucional, em troca da publicação de matérias favoráveis à campanha do candidato à prefeitura de Saquarema em 2016, Hamilton Nunes de Oliveira. Durante esse período, Paulo Melo exercia a Presidência da Alerj.

Também ficou configurada a distribuição de vale combustível em troca do voto de eleitores, assim como a comprovação de que o ex-presidente da Alerj gastou R$ 4,1 milhões em benefício da campanha eleitoral do candidato a prefeito Hamilton —  valor acima do teto de R$ 1,186 milhão, estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o relator, desembargador eleitoral Antônio Aurélio Abi-Ramia, expressivos valores foram repassados durante a gestão de Paulo Melo para o município de Saquarema e que, após a divulgação do seu apoio ao então candidato Hamilton, “a mídia local passou a realizar reportagens, sem cunho jornalístico, visto que várias delas foram comprovadamente inventadas”.

Paulo Melo está preso, assim como o também deputado estadual Edson Albertassi e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, todos do MDB. Eles cumprem prisão preventiva determinada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).

Os parlamentares foram indiciados na Operação Cadeia Velha, deflagrada no dia 14 de novembro de 2017 pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF). A operação investigou o uso dos cargos públicos para corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em combinação com as empresas de ônibus.

*Com informações da Agência Brasil

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