Centenas de pessoas protestam em Amã contra plano de paz de John Kerry

  • Por Agencia EFE
  • 14/02/2014 18h02

Amã, 14 fev (EFE).- Centenas de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira em Amã contra as supostas propostas do secretário de Estado americano, John Kerry, para o processo de paz entre Israel e os palestinos, que qualificaram de “liquidação da causa palestina”.

Os protestos, convocados pela Irmandade Muçulmana e vários movimentos populares e juvenis, ocorreram após a oração de sexta-feira em frente à mesquita de Hosseini, na capital jordaniana.

Sob o lema “Concentração popular para defender a Jordânia e a Palestina”, os manifestantes expressaram sua rejeição às supostas iniciativas de Kerry, cujo conteúdo não foi ainda revelado oficialmente.

Os participantes da manifestação entoaram palavras de ordem e levaram cartazes com frases como “O projeto de Kerry é um insulto à dignidade dos cidadãos jordanianos”.

Durante a manifestação, o general reformado Moussa Hadid leu um comunicado no qual pediu ao governo jordaniano que revele o conteúdo das propostas de Kerry e se recuse a respaldá-las.

O Parlamento jordaniano rejeitou na semana passada estas iniciativas e insistiu que Jerusalém Leste deve ser palestina e no retorno a seus antigos dos refugiados palestinos que vivem na Jordânia.

Nas últimas semanas alguns meios de comunicação publicaram as supostas linhas mestras do plano de Kerry, entre elas que Jerusalém Oriental (total ou parcialmente) seja a capital do Estado palestino, que se reconheça o caráter judeu do Estado de Israel e a eliminação do direito de retorno dos palestinos.

As autoridades palestinas já denunciaram no último dia 16 de janeiro que os Estados Unidos se deixaram convencer por Israel de suas prioridades no processo de paz, e que Kerry introduziu “uma mudança de agenda” nas negociações que lhes prejudica.

O secretário de Estado americano completou uma dezena de rodadas de negociações com palestinos e israelenses nos últimos seis meses, que incluíram visitas a Amã e consultas com líderes jordanianos.

A expectativa é que estes temas sejam abordados pelo rei Abdullah II da Jordânia e o presidente americano, Barack Obama, durante a reunião que ambos realizam hoje na Califórnia. EFE

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