Chacinas que deixaram 9 mortos em SP não estão ligadas, diz secretário

  • Por Tiago Muniz/Jovem Pan
  • 05/04/2017 16h35
São Paulo- SP- Brasil- 16/05/2016- O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta segunda-feira (16) a escolha do procurador de Justiça Mágino Alves Barbosa Filho para ser o novo secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Ele substituirá Alexandre de Moraes, que assumiu o ministério de Justiça e Cidadania. "O Dr. Mágino tem grande experiência na área criminal. Ele dará continuidade ao trabalho desenvolvido pelo dr. Alexandre em benefício do nosso Estado", declarou o governador. Foto: GESP GESP Mágino Alves Barbosa Filho - DIV

O secretário da segurança pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, diz que não há indícios que liguem as duas chacinas que deixaram nove mortos na capital paulista.

A cidade viveu um período extremamente violento entre a noite de terça-feira (4) e a madrugada de quarta (5). Duas matanças, com pouca diferença de tempo entre si, atingiram a Zona Norte e a Zona Sul de São Paulo.

Na região do Jaçanã, homens numa motocicleta pararam em frente a um bar, invadiram o comércio e balearam clientes e funcionários. Seis pessoas morreram e outras três ficaram feridas neste caso.

Do outro lado da cidade, na região do Campo Limpo, três pessoas foram assassinadas e uma ficou ferida quando andavam pela rua. Neste caso, os agressores também estavam numa moto. 

A polícia não relaciona os casos. O secretário diz que um indício para essa hipótese é a diversidade de calibres das armas. 

Segundo o chefe das polícias, na ocorrência do Jaçanã foram encontradas cápsulas de balas calibre 45. Já no Campo Limpo, os cartuchos recolhidos pela perícia apontam tiros de balas de calibre .380 e 9mm. “Isso não ajuda na ideia de que seja o mesmo grupo de atuação”, diz Mágino Alves. 

A Jovem Pan informou anteriormente que dez pessoas tinham morrido em função das duas chacinas. Esse número foi indicado pela Polícia Militar, mas o secretário da segurança afirmou que se tratam de nove vítimas em óbito.

Mágino Alves disse ainda que, por enquanto, não há indícios da participação de agentes públicos nesses crimes. “O armamento utilizado nas duas chacinas não é um calibre de utilização das forças policiais do estado de São Paulo. Então, não há um indício de participação. Qualquer vertente de investigação será analisada. Vamos apurar a fundo”, diz.

O titular da segurança deu as declarações no começo da tarde desta quarta-feira (5) numa inauguração de um núcleo de mediação de conflitos em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo.
Os dois casos são investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As apurações estão na fase inicial e a polícia tenta ouvir vizinhos dos locais dos crimes e os sobreviventes dos ataques nos hospitais.

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