Começa depoimento do ministro da Justiça na CPI da Petrobras
Foi iniciada há pouco a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras para ouvir o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele foi convocado para dar explicações sobre o caso das escutas clandestinas encontradas na cela do doleiro Alberto Youssef na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
Cardozo também deve acabar falando sobre a nova fase da Operação Lava Jato, que, ontem, fez busca e apreensão na residência de políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras, entre eles, os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI), e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).
Presidente da Samsung
O presidente da CPI, deputado Hugo Mota (PMDB-PB), informou que determinou a convocação coercitiva do presidente da Samsung no Brasil, J. W. Kim, que não compareceu à reunião do colegiado ontem. Já o presidente da Mitsui, Shinji Tsuchiya, que também estava convocado para depor ontem, solicitou à CPI comparecer em outra data, o que deverá ocorrer no início do segundo semestre. As duas empresas foram citadas na Operação Lava Jato, acusadas de pagamento de propina para favorecimento em seus negócios.
Investigações da Kroll
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) cobrou a divulgação das investigações da empresa Kroll, contratada pela comissão para buscar ativos no exterior, desviados por suspeitos de cometer irregularidades na Petrobras. “Queremos saber quais os nomes que a Kroll está investigando”.
A Mesa Diretora da Câmara alterou em junho as regras de acesso a determinados documentos e determinou o sigilo de documentos por cinco anos, inclusive de informações que circulam em CPIs, investigações e sessões.
Segundo Ivan Valente, apenas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e os deputados André Moura (PSC-SE) e Hugo Motta (PMDB-PB) teriam acesso às informações sobre os investigados.
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