Conferência discute ampliação da assistência médica nas áreas rurais

  • Por Agência Brasil
  • 05/04/2014 20h20

Ampliar a formação e a capacitação de médicos especializados no atendimento às famílias e às comunidades rurais, além da descentralização dos cursos de medicina, serão as principais sugestões que a 12ª Conferência Mundial de Saúde Rural e o 4º Congresso Sul-Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade apresentarão  à sociedade científica e às autoridades para ampliar a assistência médica das áreas rurais e dos municípios mais distantes dos grandes centros.

O encontro, feito em Gramado (RS), reuniu nos últimos três dias mais de 700 participantes e 26 convidados internacionais de 20 países, além de representantes dos ministérios da Saúde e da Educação para debater alternativas para ampliar o atendimento às comunidades rurais e aos pequenos municípios.

Segundo o presidente do congresso e coordenador do grupo de trabalho de medicina rural da Sociedade Brasileira de Família e Comunidade (SBMFC), Leonardo Vieira Targa, é preciso adotar uma série de estratégias conjuntas e não apenas trazer médicos de fora do país e incentivar profissionais recém-formados a atuarem nesses locais.

“A real solução que estamos discutindo é a adoção de várias estratégias ao mesmo tempo, principalmente formando médico com o perfil para trabalhar no interior”, disse Targa. Segundo ele, o profissional com a especialização de médico de família e comunidade é capaz de solucionar 95% dos problemas de saúde de qualquer comunidade rural.

De acordo com Targa, o médico de família e comunidade é preparado para acompanhar os pacientes em seu contexto familiar e social diagnosticando e tratando os problemas mais frequentes e, principalmente, prevenindo doenças e promovendo a saúde. No Brasil esses médicos integram as equipes do Programa Saúde da Família (PSF).

Targa disse à Agência Brasil que o acesso das populações rurais aos serviços básicos de saúde é um desafio em várias partes do mundo. O problema é agravado, segundo ele, principalmente pela falta de profissionais qualificados, alta rotatividade profissional e infraestrutura deficiente.

A Declaração de Gramado, como será chamado o documento final do encontro, será apresentado, primeiramente, à sociedade científica e depois levados aos autoridades públicas e à sociedade em geral.

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