Confrontos entre soldados e rebeldes houthis deixam 13 mortos no Iêmen

Sana, 28 fev (EFE).- Pelo menos 13 pessoas, entre elas dez ativistas do movimento xiita dos houthis e três soldados, morreram nesta sexta-feira em confrontos iniciados após uma manifestação dos rebeldes na cidade de Al Hazm, capital da província setentrional de Al Yauf, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.

Os confrontos ocorreram perto de um complexo governamental e pouco depois de um protesto formado por centenas de defensores do movimento xiita dos houthis, que, por sinal, reivindicavam a renúncia do governo central de Sana, acrescentou a fonte.

“Depois do fim do protesto, quando os manifestantes já estavam se dispersando, um grupo de homens armados que acompanhavam a manifestação de um caminhão entraram em confronto com soldados em um dos postos de segurança situado fora do complexo governamental”, ressaltou a fonte.

De acordo com os relatos, dez dos rebeldes houthis e três soldados morreram nos confrontos, que também deixaram um número indeterminado de pessoas.

No entanto, em declarações a um canal houthi, o porta-voz dos rebeldes, Ali Bajiti, defendeu que os confrontos não se produziram contra o Exército, mas contra milícias armadas que pertencem ao Partido da Reforma Islâmica (Al Islah al Islami), braço político da Irmandade Muçulmana no Iêmen, as quais são acusadas de “atacar uma manifestação pacífica”.

Por outro lado, o chefe da seção política do Al Islah al Islami, Mohammed Qahtan, disse à agência Efe que “o partido não teve nenhuma relação com o ocorrido”, acrescentando que a organização “carece de milícias e, por isso, os confrontos teriam ocorrido entre os houthis e as forças armadas”.

Um responsável da segurança em Sana não descarta que os soldados que participaram dos confrontos “sejam membros de outra organização”, em referência ao Partido da Reforma Islâmica.

Até o momento, as autoridades não publicaram nenhum comentário oficial que confirme as versões apresentadas.

A região de Al Yuf, situada ao leste da província de Saada e sede dos houthis, foi palco de fortes confrontos nos dois últimos anos entre os seguidores do Partido da Reforma Islâmica e os defensores deste movimento xiita. EFE