Cenário externo vai exigir que Brasil faça reformas urgentemente, diz economista

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2018 09h58 - Atualizado em 13/10/2018 18h54
Arquivo/Agência Brasil Congresso Nacional, em Brasília Segundo Cláudio Fristach, a reforma da previdência é a primeira que precisará ser aprovada pelo novo governo

Para o economista Cláudio Frischtak, da consultoria Inter.B, o cenário para o próximo presidente do Brasil, independentemente de quem for eleito, será “desafiador” não só pelas questões internas, como também externas. “O próximo presidente terá uma economia internacional menos interessante, com custos de capital mais elevados”, disse ele neste sábado (13) em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

O economista classificou a guerra comercial entre Estados Unidos e China como “guerra fria” e afirmou que ainda não se sabe “onde ela vai desembocar”. Além disso, de acordo com ele, o aumento da taxa de juros pelo Banco Central americano vai continuar no ano que vem. “Isso mostra que chegamos ao auge do crescimento econômico e agora vamos entrar, na melhor das hipóteses, na acomodação.”

Tudo isso, segundo Cláudio Frischtak, faz com que as reformas brasileiras sejam ainda mais importantes. A primeira que precisa ser feita, na avaliação do economista, é a da previdência. “Já temos a proposta feita por Temer. Pode não ser a ideal, mas em certa medida precisa ser aprovada o mais rápido possível”, avalia.

“Se o novo presidente hesitar, teremos uma situação trágica, sem nenhum exagero”, afirmou Frischtak. “Nossa economia não se sustenta em 2019 e 2020.”

 

 

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