Com reformas travadas no Congresso, mercado mantém dólar a R$4,10

  • Por Jovem Pan
  • 20/05/2019 11h49
Arquivo/Agência Brasil Cédulas de dólar desfocadas Reforma da Previdência e MP 870, que reestrutura os ministérios, protagonizam os embates entre o Planalto e o Legislativo

Mesmo com a atuação do Banco Central (BC), que antecipou leilões de linha de rolagem, o dólar opera em baixa nesta segunda (20). A moeda americana segue na faixa dos R$4,10, mesmo índice da semana passada.

O ajuste de baixa é limitado pela cautela do mercado com a crise política envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso. A reforma da Previdência e a MP 870, que reestrutura os ministérios, protagonizam os embates entre o Planalto e o Legislativo.

Na última sexta (17), o dólar registrou a terceira alta consecutiva, para R$ 4,1002 no mercado à vista – maior valor de fechamento desde 19 de setembro do ano passado (R$ 4,1308). Na semana, acumulou valorização de 3,93% ante o real – maior ganho semanal desde o fim de agosto de 2018.

As derrotas do governo são impostas sobretudo pelo chamado Centrão, bloco de partidos formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade e que reúne cerca de 230 dos 513 deputados. O grupo condiciona a MP da reforma administrativa à saída do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do ministério da Justiça, o que contraria o Planalto.

Na reforma da Previdência, a movimentação desta segunda sobre o tema ficará por conta da reunião entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o relator do texto na comissão especial da Câmara, Samuel Moreira (PSDB-SP). O tucano já sinalizou que pretende apontar mudanças para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) elaborada pelo governo.

O mercado também olha outra rodada de piora nas previsões do boletim Focus. A alta do PIB de 2019 recuou de 1,45% para 1,24% e, para 2020, segue em 2,50%. As projeções para IPCA para 2019 passaram de 4,04% para 4,07% e para 2020, seguem em 4%. As estimativas da Selic no fim de 2019 permanecem em 6,50% ao ano e para 2020 recuaram de 7,50% para 7,25% ao ano.

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