Dólar fecha a R$ 4,09, maior valor desde setembro do ano passado

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2019 17h34 - Atualizado em 17/05/2019 17h38
Arquivo/Agência Brasil Cédulas de dólar sobre fundo branco O dólar já iniciou a sessão desta sexta acima de R$ 4,00 pelo terceiro dia seguido

Em mais um dia de tensão no mercado financeiro, a moeda norte-americana subiu 1,58% e fechou a sexta-feira (17) a R$ 4,0991 — maior valor desde setembro de 2018. Na máxima do dia, a cotação do dólar chegou a R$ 4,1122.

O dólar já iniciou a sessão desta sexta acima de R$ 4,00 pelo terceiro dia seguido. “Preocupação com a governabilidade e a reforma da Previdência pela falta de articulação política do governo Bolsonaro e a proximidade do fim do primeiro semestre sem que nada importante de fato tenha sido entregue. Falta comunicação saudável e discurso coeso no governo, sem isso, qual o interesse do investidor em trazer dinheiro para cá, não há”, explicou Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullet Prebon Brasil.

Abucater lembrou que esta sexta é o famigerado 17 de maio. Nesse dia em 2018 começou a greve de caminhoneiros e o Copom decidiu pela manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano, em vez de corte da como o mercado projetava, e, em 17 de maio de 2017, o dono do frigorífico JBS, Wesley Batista, gravou o ex-presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha na Operação Lava Jato e entregou o áudio em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Agora, disse o profissional, a “cereja do bolo” são os três filhos de Bolsonaro. “O presidente questiona a imprensa, diz que tudo é conspiração, sem colocar imparcialidade que um governante deve ter e gera desconforto e fuga do investidor”, observou. Ele acrescentou que o ambiente externo está nervoso e não há atrativo de prêmio na Selic, não tem investimento direto e a economia está fraca com desemprego alto. “Não entregou (governo) nada para a segurança e há muito ruído familiar e político.”

*Com Estadão Conteúdo

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