Dólar sobe para R$ 3,85 mesmo em dia de intervenção de US$ 1 bi do BC

  • Por Jovem Pan
  • 25/06/2019 19h04 - Atualizado em 25/06/2019 19h06
ITACI BATISTA/ESTADÃO CONTEÚDO Dólar

O mercado de câmbio teve uma terça-feira (25) agitada, marcada pelo aumento da procura por dólares para envio ao exterior, preocupações com a votação da reforma da Previdência na comissão especial, rumos da política monetária dos Estados Unidos e a votação do pedido de liberdade avaliado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o real foi uma das moedas que mais perdeu valor hoje no mercado financeiro mundial, junto com o rublo, da Rússia.

O Banco Central entrou no mercado, ofertando US$ 1 bilhão para dar liquidez. Profissionais não descartam nova intervenção nos próximos dias, pois a demanda pela moeda americana deve seguir alta. O dólar à vista fechou em alta de 0,65%, a R$ 3,8520. “Era natural que o BC entrasse hoje, tem demanda, faltava liquidez”, destaca o operador da CM Capital, Thiago Silêncio.

Até o início da tarde, os investidores estavam monitorando o exterior, e o dólar subia lá fora, mas um Twitter do líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendendo o adiamento da votação da Previdência na comissão especial provocou uma onda de ordens de compra de dólares e a moeda bateu máximas.

Todas essas notícias externas e as domésticas, incluindo a do julgamento no STF que pode liberar o ex-presidente Lula, ocorreram em um dia de mercado à vista com liquidez escassa, por conta do aumento da demanda das empresas pela moeda americana, observa o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem.

Profissionais de câmbio não descartam novos leilões de linha pelo BC nos próximos dias. “O mercado à vista ficou seco hoje e a tendência é que isso continue amanhã”, disse um operador. As cotações do final do dia sinalizam para esta quarta-feira, 26, um dólar à vista ainda mais caro que o futuro, observa Vanei, da Terra Investimentos. “A chance é grande de novo leilão.”

*Com informações da Agência Estado

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