Economia remaneja R$ 3,6 bilhões para cinco ministérios

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 21h31
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Notas de 100 reais enfileiradas Ministérios haviam sido afetados pelo corte de quase R$ 30 bilhões no Orçamento

Cinco ministérios receberão R$ 3,6 bilhões do governo para atender demandas mais urgentes, segundo Secretaria Especial da Fazenda do Ministério da Economia. As pastas beneficiadas são da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; da Infraestrutura; do Desenvolvimento Regional; da Cidadania; e da Mulher, Família e Direitos humanos. Elas haviam sido afetadas pelo corte de quase R$ 30 bilhões no Orçamento.

A medida ocorre após o governo iniciar um mapeamento para identificar quais áreas enfrentarão primeiro o risco de um colapso. O tema tem sido debatido desde a semana passada pelo governo, quando reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) – formada pelo Ministério da Economia e pela Casa Civil – começou a mapear as necessidades mais prementes por recursos.

O ministério da Infraestrutura recebeu R$ 2 bilhões; o do Desenvolvimento Regional R$ 800 milhões; o da Cidadania R$ 500 milhões; o da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação R$ 300 milhões e a da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos R$ 3 milhões.

Para conseguir fazer esse remanejamento, o governo precisou apertar ainda mais o cinto em outras áreas. O principal alvo foi o Ministério da Educação, que sofreu um contingenciamento adicional de R$ 1,59 bilhão, elevando o bloqueio total a R$ 7,4 bilhões. Outras áreas que sofreram cortes adicionais foram Defesa (R$ 725,4 milhões), Economia (R$ 487,2 milhões), Justiça (R$ 267,5 milhões) e Agricultura (R$ 145,6 milhões).

A situação ainda pode piorar e afetar setores mais sensíveis para a população nos próximos meses porque, até o momento, a área econômica não vê sinal de melhora na arrecadação, algo essencial para dar um “fôlego de sobrevivência” aos órgãos.

Em nota, a Secretaria Especial de Fazenda esclareceu que o quadro fiscal ainda não foi reavaliado desde a publicação do decreto do fim de março, por isso a necessidade da portaria que remaneja os recursos. “No final de maio haverá nova reavaliação das receitas e despesas primárias, quando se poderá verificar a situação fiscal de forma geral”, informou o órgão.

* Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.