IBC-Br sobe 1,04% no acumulado de 2017, sem ajuste, afirma Banco Central

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/02/2018 09h36
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Na comparação entre os meses de dezembro de 2017 e dezembro de 2016, houve alta de 2,14% na série sem ajustes sazonais
O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou alta de 1,04% em 2017, informou na manhã desta segunda-feira, 19, o Banco Central (BC). O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Este é o primeiro avanço anual após três anos de queda, desde 2013, quando havia subido 4,48%.

O resultado ficou dentro do esperado pelo mercado financeiro. Conforme levantamento do Projeções Broadcast, as estimativas para 2017 variavam de +0,90% a +1,20%, com mediana de +1,10%.

Considerado uma espécie de prévia do BC para o PIB por analistas, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 1,0%, sendo que este número havia sido informado em dezembro. O IBGE divulgará o dado oficial do PIB do ano passado apenas no dia 1º de março. Para 2018, o BC estima um crescimento de 2,6% para a economia.

Dezembro

Após subir 0,30% em novembro (dado já revisado), a economia brasileira registrou nova alta em dezembro de 2017. O IBC-Br avançou 1,41% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, segundo o Banco Central.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 137,50 pontos para 139,44 pontos na série dessazonalizada de novembro para dezembro. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde junho de 2015 (139,80 pontos).

A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre zero e +2,90% (mediana em +1,09%).

Na comparação entre os meses de dezembro de 2017 e dezembro de 2016, houve alta de 2,14% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 136,47 pontos em dezembro, ante 133,61 pontos de dezembro do ano passado.

O indicador de dezembro de 2017 ante o mesmo mês de 2016 mostrou desempenho abaixo do apontado pela mediana (+2,40%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast (+1,60% a +3,49% de intervalo). O patamar de 136,47 pontos é o melhor para meses de dezembro desde dezembro de 2014 (145,48 pontos).

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