Ilan Goldfajn defende autonomia do Banco Central e continuidade de reformas

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2018 15h18
Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Atual presidente do BC vai deixar o cargo em janeiro, quando será substituído por diretor do Banco Santander

O atual presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn defendeu que a instituição tenha autonomia, com diretores independentes do Poder Executivo, e que que reformas – como a previdenciária – tenham continuidade. Em janeiro, ele será substituído no posto pelo executivo do Santander Roberto Campos Neto.

Durante palestra realizada nesta segunda-feira (3) na Fundação Getúlio Vargas (FVG), no Rio de Janeiro, ele argumentou que o objetivo da autonomia é diminuir as incertezas e o “prêmio de risco”, garantindo um custo Brasil menor aliado ao crescimento da economia nacional.

“O Banco Central tem de fato autonomia [hoje]. Os políticos não entram no BC. Mas, em ano de eleição, todo mundo não para de perguntar se o presidente do BC vai ficar. Em países desenvolvidos não acontece isso. O governo muda num ano e o BC em outro”, afirmou.

Em seguida, ele indicou que o Brasil precisa continuar no caminho de mudanças para possibilitar a sustentabilidade do País. “Com reformas e ajustes a recuperação pode ser mais que gradual”, acrescentou. Em sua opinião, o crescimento “é o objetivo do governo como um todo”.

“Tem muito para avançar. Mas já estamos avançando. Há sinais de saúde que estão vindo no sistema financeiro”, citou, dando como exemplo o crescimento do acesso ao crédito. Ilan Goldfajn também citou como avanço a queda do spread bancário.

Na palestra, o presidente do BC disse ainda que “as coisas não vão ser resolvidas em dias, mas ao longo do tempo” e que espera que o Congresso Nacional aprove definitivamente a criação do cadastro positivo para bons pagadores ainda neste ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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