Projeção de alta do PIB cai de 2,50% para 1,60% em 2018 e de 3,3% para 2,5% em 2019

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/07/2018 16h10 - Atualizado em 20/07/2018 16h59
Pixabay Moedas No último Relatório de Mercado Focus, elaborado pelo Banco Central, a projeção dos economistas do mercado financeiro apontava para uma alta de 1,50% neste ano

A equipe econômica revisou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 de 2,50% para 1,60%, de acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos divulgada nesta sexta-feira, 20, pelo Ministério do Planejamento. No último Relatório de Mercado Focus, elaborado pelo Banco Central, a projeção dos economistas do mercado financeiro apontava para uma alta de 1,50% neste ano.

Já a projeção do governo para a inflação medida pelo IPCA em 2018 passou de 3,4% para 4,2%. No Focus, as estimativas dos analistas eram de um IPCA de 4,15% neste ano.

O Ministério do Planejamento também revisou a projeção para o IGP-DI de 2018, de 5,1% para 7,9%. A estimativa da pasta para a Selic (a taxa básica de juros) média em 2018 passou de 6,3% para 6,5% ao ano.

A projeção do governo para o câmbio médio em 2018 passou de R$ 3,4 para R$ 3,6. Por fim, a estimativa de alta da massa salarial nominal passou de 5,1% para 4,2% este ano.

Por fim, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk, revelou que a projeção para o PIB de 2019 caiu de 3,3% para 2,5%.

“Houve queda de 0,2 ponto porcentual (p.p.) na projeção do PIB 2018 em função da greve dos caminhoneiros. O resto da queda, de 0,7 p.p. do PIB neste ano é explicado por aperto de condições financeiras – metade por fatores internacionais e metade por fatores domésticos”, explicou. “A incerteza interna diz respeito a questões eleitorais, e também fiscais”, completou.

Receitas

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 3º bimestre divulgado pelo Ministério do Planejamento trouxe uma alta de R$ 11,624 bilhões nas receitas totais projetadas para 2018, em relação ao documento do 2º bimestre. Pelo lado das despesas, a projeção de gastos em 2018 aumentou R$ 7,546 bilhões.

Com as mudanças, a projeção de receita primária total de 2018 passou de R$ 1,470 trilhão para R$ 1,482 trilhão, e a receita líquida – livre de transferências – passou de R$ 1,222 trilhão para R$ 1,226 trilhão. Já a estimativa para as despesas primárias neste ano passou de R$ 1,375 trilhão para R$ 1,383 trilhão.

Espaço fiscal

O Planejamento informou que o espaço para aumento de despesas dentro do Teto de Gastos é de apenas R$ 666,6 milhões. O documento também confirma a existência de um espaço fiscal de R$ 1,845 bilhão no Orçamento de 2018, em relação à meta fiscal deste ano. O objetivo do governo é encerrar 2018 com um déficit primário de até R$ 159 bilhões.

“Existe uma demanda grande por recursos, maior que esse espaço. Vamos decidir até o dia 30”, limitou-se a responder o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, ao ser questionado sobre a alocação deste valor. Ele admitiu ainda que a Caixa Econômica Federal é candidata a receber recursos da União, mas enfatizou que a decisão sobre a alocação da verba não está decidida. “Pode ser que a Caixa não receba neste primeiro momento.”

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