Safra de 2018 pode ser segunda melhor da história, diz IBGE

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/01/2018 13h30
Jonas Oliveira / ANPr Jonas Oliveira / ANPr "A safra de soja seria a segunda melhor da história, a safra total também. A safra de soja já está bem próxima do patamar de 2017", ressaltou o pesquisador

A safra de 2018 não deve alcançar o volume recorde atingido em 2017 mas, se confirmada a estimativa de uma produção agrícola de 224,3 milhões de grãos este ano, o resultado será o segundo melhor da história, ressaltou Carlos Alfredo Guedes, analista da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 11.

“Acho difícil chegar nos patamares de 2017, mas a gente já mostra melhoria das condições climáticas. Neste ano, a gente já teve atraso no plantio da soja e que pode ter um atraso no plantio de milho de segunda safra, ai já pega um período mais seco”, lembrou Guedes.

O terceiro Prognóstico da Produção Agrícola prevê um volume 6,8% menor que o total obtido na safra colhida em 2017. O declínio é puxado por reduções na produção de milho (-15,0 milhões de toneladas) e de soja (-2,7 milhões de toneladas). Mas a safra de 112,3 milhões de toneladas esperada para a soja também seria a segunda maior já colhida no País.

“A safra de soja seria a segunda melhor da história, a safra total também. A safra de soja já está bem próxima do patamar de 2017”, ressaltou o pesquisador do IBGE.

Entre os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, três devem apresentar variações negativas na produção em relação a 2017: arroz em casca (-5,9%), milho 1ª safra (-14,4%) e soja em grão (-2,4%). As variações positivas até o momento são algodão herbáceo em caroço (4,7%) e feijão 1ª safra (5,0%).

A produção de soja deve somar 112,3 milhões de toneladas, um acréscimo de 3,8% em relação ao prognóstico anterior, mas redução de 2,4% em relação à safra de 2017. A área a ser plantada é de 34,5 milhões de hectares, aumento de 1,2% em relação ao previsto no mês anterior e crescimento de 1,7% em relação a 2017. O rendimento médio está 2,6% maior que o revisto no segundo prognóstico, mas ainda é 4,2% mais baixo que o de 2017.

A produção nacional de milho deve totalizar 84,5 milhões de toneladas em 2018, uma queda de 15,1% em relação à safra de 2017 O País deve colher menos 4,4 milhões de toneladas de milho 1ª safra e 10,6 milhões de toneladas de milho 2ª safra.

“Tem bastante milho estocado, não tem risco de desabastecimento”, garantiu Guedes.

A 2ª safra do grão deve apresentar o maior volume colhido, com aproximadamente 69,2% da produção total, o equivalente a 57,9 milhões de toneladas, um decréscimo de 15,4% em relação ao ano anterior.

O milho 1ª safra deve somar 26,6 milhões de toneladas, um recuo de 14,4% em relação a 2017, mas 3,1% a mais que o esperado na estimativa anterior. O Rio Grande do Sul aumentou sua expectativa de produção ante o mês anterior em 11,6%, passando de 4,4 milhões de toneladas para 4,9 milhões de toneladas.

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