Embate entre São Paulo e Rio de Janeiro por uso de água chega ao quinto mês
Mapa de 2005 mostra que o Rio Paraíba do Sul passa pelos dois estados
Bacia LesteAgência Nacional de Águas afirma que não tomará sozinha decisão sobre a disputa entre São Paulo e Rio de Janeiro. Após cinco meses de embate, os governos exigem uma solução para a crise envolvendo os mananciais que abastecem os dois estados.
Geraldo Alckmin e Luiz Fernando Pezão aguardam posicionamento do órgão gestor dos recursos hídricos sobre a utilização do Rio Paraíba do Sul.
Em entrevista a Marcelo Mattos, o diretor da Agência Nacional de Águas, Sérgio Soares, descarta palavra final sobre a questão. Soares vê a resolução como algo que “envolve os estados, os comitês de bacias que contam com a participação tanto do governo quanto dos setores usuários quanto da própria sociedade”.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico determinou à CESP (Companhia Energética de São Paulo) o aumento da vazão no Rio Jaguari, em São José dos Campos.
O maior volume ao Rio Paraíba do Sul alimentaria a hidrelétrica da Light, que abastece energia para 15 milhões de pessoas. Mas o governo paulista justifica que a lei federal assegura o uso prioritário humano e o abastecimento na Grande São Paulo.
A professora da POLI da USP, Mônica Ferreira, descarta que a situação seja reflexo da ausência de planejamento (ouça detalhes no áudio acima). O governo fluminense ressalta que o Rio Jaguari está submetido à legislação federal e os estados são obrigados a seguir.
A represa Jaguari é a mesma em disputa para transposição à represa Atibainha, do Sistema Cantareira, que abriu a crise com o Rio de Janeiro.
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