Esqueça Austrália e Portugal; confira cinco países alternativos onde você pode estudar e trabalhar legalmente

  • Por Marina Ogawa/Jovem Pan
  • 20/08/2018 05h49 - Atualizado em 20/08/2018 08h48
Pixabay Mala de viagem Há quem queria ficar um mês, um ano ou ainda morar para sempre no exterior. O que você escolheria?

Insatisfação com o emprego (ou até desemprego), crise econômica, preocupação com melhora no currículo ou ainda “tentar a sorte”. Qual seria o motivo para deixar o Brasil e partir rumo a um mundo completamente diferente do que estamos acostumados?

Cada pessoa tem sua justificativa, e há quem queria ficar um mês, um ano ou ainda morar para sempre no exterior.

Você deve conhecer alguém (ou é esta pessoa) que saiu do Brasil rumo a países como Austrália e Portugal, por exemplo. Na Austrália, além de o país ter um clima bastante semelhante ao nosso, é possível trabalhar. Portugal, por sua vez, tem a mesma língua que a nossa (salvo algumas diferenças, claro), o que facilita na hora de estudar e encontrar um emprego.

Entretanto, os dois locais já enfrentam alguns “problemas” para quem quer aprender a língua: há muito brasileiro, o que acaba impedindo a imersão completa na cultura. Além disso, no caso da Austrália, o processo para visto está mais difícil, o que gerou recentemente uma alta na recusa a passaportes brasileiros.

A diretora comercial da Lions Intercâmbio, Barbara Lopes, reconheceu que os dois países estão “na boca das pessoas”, mas alertou: “às vezes existem opções muito mais em conta, muito mais fáceis em questão de visto, e até mais fácil em relação a abertura do país para as pessoas morarem lá”.

Na lista de países citados por Barbara estão lugares menos “tradicionais” nas escolhas de intercâmbio de brasileiros como Nova Zelândia, Dubai, Malta, Irlanda e Peru.

Para sair da “moda” que virou um intercâmbio para a Austrália ou Portugal, Barbara Lopes elencou as qualidades para a ida a países menos visados, e o que o brasileiro pode fazer para otimizar a sua passagem em terras internacionais.

Confira abaixo uma lista de cinco países alternativos à Austrália e Portugal e os custos aproximados para seis meses de curso:

1. Nova Zelândia

Com um processo de visto mais simples que a Austrália, a Nova Zelândia, próxima ao país dos cangurus, é mais em conta e tem o dólar mais barato que a moeda australiana.

“Fora isso, a Nova Zelândia está em desenvolvimento e precisa de mão de obra. Então é um país que as pessoas chegam, não está tão saturado de brasileiros ainda como Austrália, e tem facilidade de emprego. Tem muitos alunos com emprego nos primeiros dias”, explicou Barbara.

Além disso, o país tem processo para quem busca residência. Se o aluno pensa em estudar inglês, depois fazer carreira por lá, ele tem de fato um caminho a ser seguido e morar de forma legal no país.

Faixa de preços: Queenstown – a partir de R$ 17.250,00  – Pode trabalhar legalmente*

2. Canadá

Hoje é um dos países que despontam na escolha dos brasileiros. Segundo Barbara Lopes, 80% de suas vendas são para cursos no país vizinho aos Estados Unidos.

Entretanto, se o aluno vai ao país para fazer um curso de inglês, não é possível trabalhar. O trabalho é permitido caso a pessoa faça um “college” ou ainda um curso técnico. Assim como na Nova Zelândia, há a possibilidade de conseguir uma residência fixa por lá.

Faixa de preços: Toronto – a partir de R$ 23.300,00 curso tecnólogo de Business Communication – Pode trabalhar legalmente*

Toronto – a partir de R$ 16.500,00 curso de inglês – Não pode trabalhar legalmente*

Divulgação

3. Irlanda

Apesar de ser lotada de brasileiros, a Irlanda ainda é um país visado por quem mora em terras tupiniquins. Mas a dica de Barbara é direta: “se o interesse é ir para aprender inglês, procure cidades mais no interior, porque Dublin tem muitos brasileiros”.

Vale lembrar que, com o custo mais acessível, a Irlanda está saturada em relação a brasileiros, que são a segunda maior comunidade do país.

Faixa de preços: Dublin – a partir de R$ 11.900,00 – Pode trabalhar legalmente*

4. Emirados Árabes

Quem diria, não é mesmo? Em Dubai há um programa em que o brasileiro pode estudar e trabalhar de forma ilimitada. Enquanto nos países citados anteriormente o trabalho pode ser de apenas 20 horas por semana, na cidade dos Emirados Árabes o período de trabalho semanal fica por conta do emprego que você encontrar basicamente.

“Para tirar visto de Dubai é simples, quem aplica é a escola. A escola manda o visto e pronto, a gente entrega para o aluno e ele viaja. Eles gostam muito de brasileiro, tem trabalho na área de hotelaria, serviços”, contou Barbara. “Mas os brasileiros têm problema com a cultura”, ponderou.

Faixa de preços: Dubai – a partir de R$ 18.990,00  – Pode trabalhar legalmente*

5. Malta

Na Europa, para aqueles que buscam trabalhar legalmente, as opções não são muitas. A ilha de Malta é uma opção e lá, a partir do terceiro mês de estudos, você pode começar a trabalhar.

“Tem pouco brasileiro por lá e eles são muito receptivos”, destacou Barbara Lopes.

Faixa de preços: Sliema  – a partir de R$ 17.500,00 – Pode trabalhar legalmente a partir do 3º mês de curso*

* Valores com base em cursos de inglês com duração de 24 semanas, taxas, 2 semanas de acomodação oferecido pela agência citada na reportagem; os programas não incluem gastos com: passagem, passaporte, visto e dinheiro para levar e se manter no país. Os valores podem mudar de uma empresa para outra e ainda de acordo com a escolha do contratante.

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