EUA não reconhecerão resultados das eleições da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 20h55

Washington, 2 jun (EFE).- O governo dos Estados Unidos considerou nesta segunda-feira que as eleições presidenciais marcadas para amanhã na Síria são uma “farsa” e advertiu que não reconhecerá os resultados.

“Esta eleição flui de um legado familiar de uma brutal ditadura e também está claro que não reconheceremos o resultado”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

A porta-voz destacou que nas sociedades livres as eleições democráticas oferecem uma oportunidade para escolher seus líderes, mas este processo é “inconcebível” na Síria atual na qual o regime de Bashar al Assad “castigou” a oposição.

Psaki lembrou, além disso, os milhares de deslocados deixados pelos mais de três anos de guerra e a lei aprovada este ano que restringe as candidaturas àqueles que tenham vivido na Síria durante os últimos dez anos, “excluindo a oposição no exílio”.

A porta-voz concordou ainda com outros grupos da comunidade internacional que indicaram que o regime sírio traçou um “plano unilateral” para realizar eleições presidenciais “ilegítimas”.

Quase 16 milhões dos 23,6 milhões de sírios estão convocados às urnas nos 9.601 centros de votação preparados pelas autoridades, dos quais 1.563 estão em Damasco.

As eleições acontecerão apenas nas áreas que estão em poder do governo em todas as províncias, menos em Al Raqqah (norte), sob controle do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

Estas serão as primeiras eleições com mais de um candidato que acontecem na Síria em 50 anos. Os concorrentes são o presidente atual, Bashar al Assad, no poder desde 2000, o deputado da oposição tolerada, Maher Abdel Hafez Hayar, e o ex-ministro Hassan Abdullah al Nouri. EFE

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