Fiesp e entidades pagam anúncio de 14 páginas pró-impeachment em jornais

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2016 14h08
Jovem Pan Primeiras páginas do anúncio da Fiesp pelo impeachment no jornal O Globo

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) bancou junto a centenas de entidades um gigantesco anúncio nos principais jornais de grande circulação no País: Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Correio Braziliense.

Com 14 páginas de extensão, a peça publicitária pede em letras garrafais: “Impeachment Já” e, na página seguinte, justifica: “Somos milhões de empregos e bilhões de reais em impostos”. Continua: “Representamos famílias, homens, mulheres e jovens. Vemos que o país está à deriva. A hora de mudança é agora. Dizer SIM ao impeachment, dentro dos parâmetros constitucionais, é dizer NÃO ao descontrole econômico, ao descaso com as empresas, com o emprego e, principalmente com você. Chega de pagar o pato. O Brasil tem jeito”.

Na 14ª página das publicações, aparece a imagem de um pato sobre um fundo amarelo e a expressão “Chega de pagar o pato”, campanha lançada há meses pela Fiesp como protesto contra a iniciativa federal de tentar aumentar os impostos sobre as indústrias para equilibrar as contas públicas.

A Fiesp tem se notabilizado pelo firme posicionamento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, as calçadas de sua sede na Avenida Paulista se tornaram abrigo para manifestantes que acampam no local desde 16 de março, quando foram divulgados áudios de conversas entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A fachada do prédio da entidade exibiu a mensagem “Renúncia Já” e depois passou a pedir “Impeachment Já”.

A campanha nos jornais foi feita em parceria com quase 400 entidades, muitas associadas à própria Fiesp, como as CIESPs (42 entidades). Estão envolvidos e assinam as faixas amarelas nos jornais associações do setor alimentício, de minérios, de iluminação, de tinta para impressão, de plástico, eletroeletrônico, vidros, engenharia industrial, micro e pequenas empresas, agronegócios, comércio, energia (etanol) entre tantas outras. Há ainda 266 sindicatos contra o governo Dilma.

Veja exemplo da ação de marketing em O Estado de S. Paulo:

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